tecnologia

Cresce o uso de serviços bancários online no Brasil

Acesso à internet cresceu de 60,1% em 2022 para 66,7% em 2023

Márcia Vieira
marciavieirayellow@yahoo.com.br
Publicado em 04/08/2025 às 19:00.
Selma afirma que o sistema online oferece agilidade, facilidade e segurança, e o utiliza desde seu surgimento (Freepik)
Selma afirma que o sistema online oferece agilidade, facilidade e segurança, e o utiliza desde seu surgimento (Freepik)

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir de Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), mostrou que nos anos de 2023 e 2024, o número de pessoas que trocou o serviço presencial pelo acesso online em instituições bancárias ou financeiras, somou cerca de 22 milhões a mais do que era utilizado em 2022, totalizando mais de 119 milhões de usuários. Concomitante a isso, o número de pessoas com acesso à internet também aumentou, de 60,1% em 2022, para 66,7% em 2023.

A advogada e servidora pública municipal Selma Xavier Prado integra esse contingente. “Sempre utilizei a internet banking, desde que ele surgiu. Tenho facilidade, agilidade e segurança ao mesmo tempo. Utilizo para fins pessoais, pagar boletos, transferências, receber pagamentos e outros”, diz Selma. E faz um alerta. “É muito importante ressaltar que os sistemas de segurança das máquinas que acessamos os aplicativos estejam atualizados. Também fecho os aplicativos depois que utilizo”, recomenda a servidora.

A engenheira Bruna Lima também utiliza a internet de maneira ampla. “Não apenas serviços bancários. Faço todas as compras pela internet e até a matrícula em faculdade consegui fazer sem precisar sair de casa. Ganho tempo e praticidade”, diz.

O economista Aloysio Vieira avalia que essa é uma tendência natural. “Hoje é muito mais prático fazer os serviços financeiros e bancários remotamente, do que ter que se deslocar até uma agência ou ao caixa eletrônico. Há um movimento cada vez maior da sociedade de querer ter menos processos manuais e burocráticos”. Ainda segundo o profissional, quem opta por esse tipo de serviço tem que considerar que há cuidados a serem utilizados: como manter os aplicativos atualizados, não acessar o banco em rede pública e preferir fazer o acesso pelo pacote de dados, não expor senhas e não ceder as informações em contatos suspeitos, pois dificilmente o banco vai mandar mensagens ou ligar solicitando atualizações.

Nesses casos, conforme Aloysio, o correto é desligar e posteriormente fazer o contato com o banco. “Nosso sistema financeiro é um dos mais seguros, porém o grande motivador da falha é o humano. Toda vez que o usuário do sistema se expõe indevidamente, é similar ao que acontece quando você deixa sua carteira vulnerável e é vítima de um batedor de carteira. É o mesmo processo, só que usando tecnologia”, exemplifica.

O economista destaca que o Pix é uma consequência da evolução do sistema bancário, não o contrário. “Esse processo de modernização do sistema no Brasil, o início dele, é muito anterior, da década de 1980. Na minha análise, é uma consequência positiva que a gente queria do sistema inflacionário, porque a gente precisava ter agilidade no sistema em função da depreciação do valor da moeda, que era muito rápido. E com isso, o nosso sistema foi se aprimorando e cada vez mais buscando facilitar nessa intermediação. Então é um processo que não tem volta”, avalia. Sobre a possibilidade de chegarem ao fim as agências físicas, ele conclui que houve uma diminuição, entretanto, salienta que “ainda existe uma parcela significativa da população que precisa do acesso presencial”.

Compartilhar
Logotipo O NorteLogotipo O Norte
E-MAIL:jornalismo@onorte.net
ENDEREÇO:Rua Justino CâmaraCentro - Montes Claros - MGCEP: 39400-010
O Norte© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por