Pela saúde

‘Corrida Outubro Rosa’ reúne atletas e suas histórias inspiradoras

Adriana Queiroz
genteideiascomunicacao@gmail.com
09/10/2024 às 20:38.
Atualizado em 10/10/2024 às 14:13
 (arquivo pessoal)

(arquivo pessoal)

Dedicado à saúde feminina, durante o mês de outubro, ocorre a campanha Outubro Rosa, um movimento que mobiliza e conscientiza sobre a importância da prevenção do câncer de útero e de mama, incentivando a realização do autocuidado e exames periódicos. Em Montes Claros, 1.200 atletas participam, no dia 20 de outubro, da 12ª edição da Corrida Outubro Rosa, evento beneficente promovido pela Associação Presente, em prol dos pacientes carentes da instituição.

Eduardo Alves de Aguiar é policial militar da reserva e, entre outras atividades, voluntário da Associação Presente como motorista para transporte de assistidos e tarefas diversas. Como entretenimento, é corredor de rua há mais de 20 anos, tendo participado de eventos de corridas no Norte de Minas, em vários estados do Brasil (Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo) e até fora do país (Lisboa, em Portugal).

“Quanto à Corrida do Outubro Rosa, essa tem um sabor especial. Pois além de promover e fomentar hábitos de vida saudáveis, ainda é coordenada pela Associação Presente, que cuida com tanto carinho dos pacientes oncológicos”, diz. 

EVOLUINDO AOS POUCOS
Paciente oncológico desde 1999, Guilherme Fiuza Gomes venceu o câncer duas vezes. Aos 13 anos e em 2003, com 17 anos. “Tudo poderia ter me levado a me poupar. Me desgastar menos e usar tudo isso como muleta para não fazer algumas coisas. Mas decidi superar tudo e buscar levar uma vida normal. Tentar fazer tudo que qualquer pessoa “normal” pode fazer. Antigamente, até falar sobre a doença era uma barreira. Tinha medo do pessoal achar que eu estava me vitimizando”, revela.

Formado em educação física desde 2008, atuou em várias atividades. Atualmente, trabalha como personal trainer presencial e on-line e há alguns meses começou a prescrição de treino de corrida também. 

Eduardo conta que hoje leva a vida de outra forma e sua missão é incentivar toda e qualquer pessoa a se superar e cuidar. “Não contar com ‘a sorte de uma vida sem doença’. A gente precisa buscar levar uma vida com saúde. Se movimentar, se cuidar, alimentar melhor, dormir melhor... E as pessoas que recebem diagnóstico de doença maligna, há vida após o câncer. É apenas uma fase difícil que precisamos lidar. Vamos superar e sair ainda mais fortes”, diz. 
 
VIDA, SAÚDE E PREVENÇÃO
A fisioterapeuta e escritora Camila Porto lançou neste ano o livro “Além da cura física”. Em abril de 2016, foi diagnosticada com um câncer de mama, que enfrentou com esperança, confiança e fé. Para ela, a corrida do Outubro Rosa tem um grande significado em sua vida.

“O evento da Associação Presente promove vida, saúde e prevenção ao câncer. A gente sabe que a atividade física é a nossa arma mais promissora contra o câncer, atingindo aí até a questão genética, a epigenética, onde a gente tem a possibilidade de modificar todas as nossas susceptibilidades ao câncer. Existem os fatores modificáveis e a atividade física entra como arma poderosa contra o câncer”, diz.

Camila conta que aderiu à corrida porque, no momento em que estava fazendo o tratamento contra o câncer de mama, desenvolveu uma insuficiência cardíaca proveniente das muitas quimioterapias que precisou fazer, porque teve câncer duas vezes.

“Foi uma amiga que me incentivou, ela é corredora, e um dia ela me viu caminhando de levezinho no parque e ela parou e falou, ‘vamos correr, Cami’, e eu falei, eu não consigo, estou com insuficiência cardíaca. E ela falou, vamos, vou com você, vamos devagar. E foi assim: passo a passo, dia a dia, semana a semana e consegui reverter essa insuficiência cardíaca através da corrida e me apaixonei por esse esporte. Desde então, corro a corrida do Outubro Rosa, da Associação Presente e sou diretora voluntária da Associação Presente. Tenho um imenso carinho por esse evento que resgatou a minha saúde, resgatou a minha vida”, diz. 

Ano passado, a corrida foi muito especial para Camila, que comemorou os cinco anos de cura. “Cinco anos de remissão é um marco para todo paciente oncológico, porque muda todas as estatísticas, quando a gente completa esse tempo. E na linha de chegada estava toda a minha família me esperando com uma faixa de gratidão por minha vida, por minha saúde, gratidão a Deus, por juntos alcançarmos esse marco mesmo de vitória. Então, o ano passado foi uma emoção indescritível, onde completei os cinco quilômetros no meu tempo recorde, que foi 30 minutos”, rememora a escritora. 

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