Montes Claros sediou na última semana o 3º Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade para a Gestão Pública (CINTECS), que trouxe como um dos destaques as Oficinas de Educação Ambiental.
As atividades foram pensadas para atender crianças, jovens e adultos, proporcionando experiências interativas unindo ciência, arte e tecnologia. O objetivo foi despertar a consciência ecológica e valorizar a biodiversidade regional, promovendo um contato mais próximo com os principais biomas da região – Cerrado, Caatinga e Mata Seca.
Dentro do Planetário, os visitantes participam de uma imersão sensorial com projeções, sons característicos e ambientação cenográfica, que recriam os ecossistemas locais. A proposta foi despertar o interesse pela fauna e flora, reforçando a importância da preservação ambiental.
Marcos Carvalho, professor de Física do Instituto Federal do Norte de Minas, em Montes Claros, cientista e físico de formação que foi o idealizador do Planetário, conta como surgiu a ideia “Tudo nasceu inicialmente como uma proposta de extensão do Ceamontes, o Centro de Estudos Astronômicos de Montes Claros. Nossa ideia era construir um planetário fixo para a cidade, estimado em cerca de R$ 5 milhões, mas percebemos que o valor era inviável naquele momento. Alguns anos depois, o colega Olavo Cosme, da UFVJM de Diamantina, nos apresentou a possibilidade de criar um planetário móvel. Com essa ideia e, posteriormente, com recursos viabilizados por meio de emenda parlamentar, conseguimos adquirir toda a estrutura necessária”, diz
“Quando a Codanorte nos procurou, pedindo uma atividade com foco ambiental, foi criado um vídeo especial sobre os biomas brasileiros, que hoje projetamos dentro do planetário. Ligamos essa experiência ao céu de Montes Claros, falando sobre os planetas do Sistema Solar e reforçando uma constatação importante: até agora, só encontramos vida na Terra. Isso nos leva a refletir sobre a importância de preservarmos nosso planeta, que é único. Queremos que cada criança e visitante saia daqui entendendo que ciência, astronomia e consciência ambiental caminham juntas para garantir o futuro da vida na Terra”, completa o professor.
O público também foi convidado a contribuir para a construção de um mural coletivo artístico, que traz o contorno geográfico do Norte de Minas. Utilizando tintas atóxicas e laváveis, crianças pintam com as próprias mãos, transformando o momento em uma vivência criativa que simboliza pertencimento e cuidado com o território.
Outro destaque foi o Jogo da Memória da Fauna e Flora do Norte de Minas, desenvolvido especialmente para o projeto. De forma lúdica, os participantes puderam conhecer espécies representativas da região e exercitar a observação, raciocínio e consciência ecológica.
O evento também contou com oficinas de programação e robótica, realizadas em parceria com o IFNMG. A proposta foi de mostrar que tecnologia e sustentabilidade podem caminhar juntas, incentivando o desenvolvimento de soluções inovadoras para desafios ambientais.
Com atividades dinâmicas em formato de rodízio a cada 15 minutos, a programação garantiu que todos os grupos vivenciem cada experiência de maneira completa e organizada.