Comandante diz que PM foi discriminada

Jornal O Norte
Publicado em 04/08/2006 às 10:17.Atualizado em 15/11/2021 às 08:41.

Na tarde de ontem, a assessoria de imprensa do 10º Batalhão de Polícia Militar em Montes Claros enviou a redação de O Norte nota onde classifica como ‘discriminação’ a decisão do presidente do Tribunal do Júri em adiar o julgamento.



Abaixo a nota enviada pela assessoria do comando na integra:



- O júri de seis policiais militares que iria acontecer nesta data foi suspenso e terá nova data. A suspensão ocorreu a pedido da Promotora que não aceitou a presença no recinto de uma turma de alunos do Curso Técnico de Segurança Pública que lá estavam, acompanhados do seu professor de Processo Penal, para conhecerem na prática como funciona a justiça. O Comandante avaliou que a “lição foi péssima para os alunos, porque eles assistiram a um ato de pura discriminação”.



Houve por parte da promotora a alegação de que a presença dos policiais militares iria constranger os jurados.



Disse o tenente-coronel, Heli José Gonçalves, comandante do 10º BPM: A polícia não amedronta, nem intimida, com a sua presença, pessoas de bem, como é o caso dos jurados. Os jurados analisam provas e depoimentos de testemunhas. A policia militar existe para fazer cumprir a lei e proteger o cidadão, principalmente os de bem e de boa fé. Se a nossa presença espanta, espanta a bandidos e a criminosos, principalmente aqueles que estão prestes a cometer algum crime.



É realmente lamentável que isso tenha ocorrido, porque temos feito um esforço muito grande para valorizar o policial, fazer com que ele respeite as pessoas e seja também respeitado.



Os exemplos vistos em outros Estados, onde o bandido demonstra o seu poder sobre o Estado e sobre as autoridades, até matando policiais, não chegou aqui. Para garantir a ordem e a segurança é preciso refletir sobre condutas que têm se prestado para desmoralizar as autoridades, principalmente o policial, que está na rua, enfrenta a malandragem, combate o criminoso, troca tiros, quando necessário e, que muitas vezes, não tem mais do que um segundo para decidir se vai atirar ou não. E a justiça tem que abrir os olhos nesse momento para não ser injusta.



O Comandante disse ter ficado indignado e afirmou: Infelizmente esse tipo de postura serve apenas para reforçar um provérbio que já ouvi certa feita de um policial: frente ao perigo o homem se lembra de Deus e da Polícia. Passando o perigo se esquece de Deus e amaldiçoa a Polícia.

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