
A cantora e compositora brasiliense Telma Aquino, conhecida regionalmente como a “cantora oficial da cachaça na bota”, vive um momento especial na carreira com o lançamento da música “Chama na Catchanga”, já disponível em todas as plataformas digitais. A nova canção chega carregada de alegria, irreverência e forte identidade cultural, elementos que marcam a trajetória da artista e prometem embalar uma intensa agenda de shows pelo Norte de Minas.
Telma prepara apresentações com interação com o público. A maratona de shows começou no dia 19 de dezembro, durante as comemorações do aniversário de Japonvar, e segue por diversos municípios da região, alguns deles ligados à trajetória da cantora. “Estou muito animada para levar minha música e alegria a todos esses lugares. A ‘Chama na Catchanga’ é uma celebração da nossa cultura, e quero ver todo mundo dançando e se divertindo”, destaca.
A música nasceu de uma vivência marcante. Segundo Telma, a expressão que dá nome à canção representa alegria e entusiasmo, sentimentos que sempre buscou transmitir no palco. “Essa composição surgiu no dia 10 de março de 2025, logo após uma apresentação em uma cavalgada feminina em Icaraí de Minas. Naquele show, desci para o meio do público, interagi com todos, tirei a bota e servi bebida ali mesmo. Foi uma forma de mostrar que podemos nos divertir em qualquer lugar e, como defensora das mulheres, reforçar que lugar de mulher é onde ela quiser estar”, conta.
A artista afirma que a música chegou como um presente. “Foi quando veio esse presente de Deus, uma composição autoral. Inclusive, no clipe, a ideia é mostrar que não importa o lugar: se você tem uma turma animada, a festa acontece”, explica. A tradição mineira também ganha destaque na canção. “A cachaça é parte da nossa cultura, e beber na bota representa raízes. Quando canto ‘gosto de meter o louco sem medo de ser julgada’, a intenção é mostrar que podemos ser livres para sermos quem quisermos ser”, completa.
Com expectativas para os próximos shows, Telma celebra o momento de reencontro com públicos que acompanham sua trajetória há quase duas décadas. “São lugares onde minha história começou há 18 anos. Poder apresentar uma música autoral, sabendo que as pessoas já estão ouvindo e curtindo, me anima demais”, afirma.
Atenta ao público diverso que a acompanha, a cantora ressalta o cuidado com o repertório. “Tenho um público muito eclético, de crianças a idosos. Por isso, nunca sigo um padrão fixo; monto cada repertório de acordo com a região e o público”, explica. Apesar dos desafios enfrentados por quem vive exclusivamente da música, Telma segue firme. “Somos sobreviventes da música. A falta de valorização dificulta investir em estrutura e gravações, mas sigo acreditando e entregando o melhor em cada show”, conclui.
