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Segunda-Feira,27 de Outubro
entrevista

Cecília Schmidt convida público a refletir sobre sustentabilidade

Exposição segue no Museu Regional até o próximo domingo (26)

Adriana Queiroz
genteideiascomunicacao@gmail.com
Publicado em 24/10/2025 às 19:00.

Com obras que despertam consciência e esperança, a artista Cecília Schmidt apresenta a exposição “Por um Mundo Melhor” no Museu Regional do Norte de Minas, aberta ao público até o próximo domingo (26). A mostra convida à reflexão sobre sustentabilidade e sobre hábitos cotidianos capazes de transformar o futuro do planeta, ressaltando a importância de atitudes como a redução do uso de plásticos e o incentivo a fontes limpas de energia.

“Há uma obra coletiva intitulada ‘Unidos pelas Abelhas’, na qual convidei escolas, artistas e grupos a participarem, como o grupo Caroço de Pequi, Associação de Artistas, Colégio Sesc, UMA e Márcia Prates. A ideia é unir em defesa das abelhas. Essa obra será doada a uma instituição que trabalha com meio ambiente”, conta Cecília.

Para a historiadora Karine Dias, mais do que representar a beleza natural, o trabalho de Cecília provoca o público a enxergar as feridas e responsabilidades que todos carregamos enquanto cidadãos.

“Cada obra é um chamado à consciência e à transformação — um lembrete de que a arte pode ser também um ato de resistência e esperança na construção de um futuro mais sustentável e solidário”, afirma.

Nesta entrevista, Cecília Schmidt revela bastidores, inspirações e o propósito que guia sua criação artística.
 
Como surgiu a ideia da exposição “Por um Mundo Melhor”?
A ideia da exposição sempre esteve presente em todos os projetos de minha carreira. A cada obra conceitual voltada para questões ambientais, foi possível observar como a sociedade está distante em relação ao respeito e preservação ambiental. Meus trabalhos artísticos sempre foram voltados para os animais e vegetação. A fauna e a flora sempre proporcionam reflexões necessárias, como, por exemplo, com frequência em meus trabalhos, os insetos.
 
O que te motivou a abordar o tema da sustentabilidade por meio da arte?
A magia da arte em ressignificar objetos sempre me motivou a passar esses conhecimentos para as crianças e jovens do ateliê, tendo esse trabalho como missão, ao ressaltar que a nova geração assume o protagonismo como sementinhas que podem e vão mudar o futuro.
 
Quais materiais e técnicas você utilizou na produção das obras?
A proposta da exposição “Por um mundo melhor” é a coletividade. Incentivar o processo criativo a todas as pessoas que tiverem contato com nosso Ateliê Cecília Schmidt. Cada um que faz parte dessa exposição escolheu o animal que gostaria de estudar, representar e defender. No processo criativo, utilizamos materiais diversificados como tampinhas, embalagens plásticas, copos descartáveis, enfim, qualquer sucata que possibilitasse a construção da obra planejada.
 
Há alguma obra específica na mostra que você considera central para a proposta da exposição? Por quê?
A instalação “Por um mundo melhor” proporciona, de forma lúdica e interativa, questionamentos e reflexões em relação às atitudes diárias de cada um. Atitudes essas que podem ser impactantes quando pensamos em desequilíbrio ambiental. Sim, todos somos responsáveis pela quantidade de água que consumimos, pela quantidade de lixo que produzimos, enfim, por cada atitude que possa contribuir ou degradar a natureza.
 
De que forma suas escolhas como artista também refletem esse compromisso com o futuro do planeta?
As obras da exposição mostram de forma clara e simples que todos podem ajudar o planeta com atitudes simples, mas eficazes, quando se diz respeito aos recursos naturais. Espera-se que o público consiga ter um momento de pausa e reflexão e que realmente pense em mudar suas atitudes como consumidores de recursos naturais que são finitos.
 
O que você espera que o público sinta ou pense ao visitar a exposição?  Pessoas de diferentes idades já me relataram que estão se esforçando para mudar o comportamento e incentivar os demais no seu cotidiano, inclusive no local de convívio. Desde pequena, sempre tive uma tendência a gostar de tudo relacionado ao meio ambiente. São 27 anos ministrando aulas e compreendendo a importância e o poder da arte na transformação de pessoas.

Existem artistas, movimentos ou experiências que te influenciam nesse diálogo entre arte e natureza?
Vicky Muniz, Sebastião Salgado, Ailton Krenak, o Greenpeace e diversos ambientalistas que sigo e tenho o maior respeito pelo trabalho deles com a natureza.
 
Você pretende continuar explorando esse tema em futuros trabalhos?
Pretendemos continuar explorando esse tema, inclusive já tivemos outros convites para essa mesma exposição. Não adianta só falar e achar bonito, o objetivo é que cada um realmente compreenda o seu papel nesse ecossistema. Inclusive com ações de interação, como plantar árvores, visitação a parques ambientais, coleta de materiais recicláveis e outras.

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