Entrevista

Brilho de talento norte-mineiro ilumina telinhas da televisão

Jurados do The Voice 2023 viram cadeiras para montes-clarense

Adriana Queiroz
Publicado em 12/12/2023 às 20:58.
 (Ricardo Moura)
(Ricardo Moura)

Mais uma vez, Montes Claros é representada no “The Voice”, programa musical exibido pela Rede Globo. Os jurados Carlinhos Brown, Mumuzinho, Lulu Santos e Michel Teló viraram as cadeiras para a norte-mineira, Marcela Borges.

“Eu realmente não esperava. Foi algo que antes de entrar no palco tentei desassociar para não ficar nervosa. Mas não teve jeito, o nervosismo estava ali e comecei a cantar e vi que ninguém virou logo de cara. Então imaginei que ninguém viraria. Ter as quatro cadeiras viradas ao final para mim foi realmente algo muito inesperado e extasiante”, diz a cantora.

A música escolhida por Marcela Borges foi “All In My Head”, da cantora e compositora estadunidense Tori Kelly — “Essa música foi a primeira música que estudei quando iniciei aulas de técnica vocal; aulas essas que comecei justamente para um dia tentar ir para o The Voice; e foi também a música que cantei no vídeo da minha primeira inscrição para o programa. Então, fez total sentido ser ela”, revela.

Confira nosso bate-papo
 
Quais planos você tem para a vida e para a carreira?
Quero focar no mercado de shows e também na minha carreira autoral. Pretendo produzir minhas músicas autorais, alçando voos maiores como cantora pop no mercado nacional.
 
Você vem de uma rotina de muitas apresentações, seja em shows, casamentos, entre outros. E agora com o The Voice, como será? 
Continuarei fazendo e fechando meus shows e casamentos normalmente. Minha rotina de eventos continuará a mesma, mas claro, conciliando com a datas que preciso estar disponível para o programa.
 
Sobre o técnico Michel Teló, como foi a escolha? 
Eu admiro imensamente todos os técnicos, cada um em seu nicho. Mas, para mim, sempre foi o Michel Teló. Tenho um carinho muito especial principalmente pela pessoa que ele é, acho ele muito “família”, um super “paizão” para todos (risos). Além disso, sempre acompanhei o programa e observava que o pessoal do time dele sempre cantava músicas que se encaixavam perfeitamente com o estilo individual de cada um, o que é muito importante para seguir bem na competição.
 
Conte como foi sua trajetória musical até chegar aqui. Você se lembra da sua primeira apresentação? 
Até aqui, foram dois anos e cinco meses de muito estudo, abdicação, experiências lindas e outras não tão lindas assim, mas acima de tudo um sentimento de estar vivendo o meu propósito de vida. Lembro da minha primeira apresentação profissional com muito carinho, foi em um casamento na cidade de Porteirinha-MG, lá eu tive a certeza que cantar era o que queria fazer para o resto da minha vida.
 
Como a música entrou na sua vida? 
Eu sempre amei escutar música e cantar o que eu ouvia, mas a música até então era o meu hobby preferido e um sonho impossível do coração, afinal, já sabia ser muito difícil seguir o sonho de ser artista tendo vindo de uma família humilde de pessoas com profissões convencionais. Na escola, com seis anos de idade, a professora de música me escutou cantar, e isso fez eu passar a cantar em todas as apresentações musicais e eventos do colégio. Por muito tempo foi isso: um hobby que amava, algo que fazia na escola e na igreja, mas um sonho distante. Até que no final da minha faculdade de Direito, a pandemia aconteceu. Em casa, com muito tempo livre para fazer o que mais amo, consumir música, comecei a sentir dentro de mim algo que me falava para buscar a música como uma possível carreira. Me veio uma vontade intensa e jamais sentida antes de participar do The Voice! Dividi com a minha mãe sobre esse anseio e o quanto era doido eu sentir aquilo já que estava no final da minha faculdade e sempre tive pavor do The Voice (risos). Eu assistia o programa e pensava “como que essa galera tem coragem de cantar na TV? Tem que ser muito bom e confiante pra isso”. Diante disso, decidi que queria estudar o canto para que pudesse me sentir capaz de entrar no The Voice. 
 
Qual a expectativa agora, a partir do The Voice?
Minha expectativa agora é não ter expectativa (risos), claro que almejo crescer como cantora, fazer shows cada vez maiores e iniciar minha carreira autoral no âmbito nacional. Mas creio que qualquer expectativa que eu tiver agora jamais chegará aos pés dos planos que Deus tem para mim, afinal, foi Ele quem me despertou para buscar esse sonho, me conduziu o tempo todo e está me fazendo viver algo que eu jamais achei que viveria ou que teria a capacidade de viver. 

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