Valéria Esteves
Repórter
Uma pessoa morreu com suspeitas de febre amarela em Montes Claros, conforme a médica epidemiologista Catarina Veloso Abreu, da Gerência regional de saúde. O paciente é oriundo de Urandi, Bahia, e teria chegado ao hospital São Lucas apresentando sintomas da febre amarela; mas o médico que atendeu o paciente ainda em Urandi, Fernando Vita, descartou a hipótese de a morte ter sido causada pela febre. Em Moc, o paciente apresentou sintomas característicos, como hemorragia intensa.
Técnicos da Gerência regional de saúde discutem estratégias
para vasculhar a fronteira Minas-Bahia (Fotos:Wilson Medeiros)
Fernando Vita também diagnosticou outro paciente que no momento está internado em Urandi com prováveis sintomas da febre, mas até agora nada foi confirmado.
Devido aos sintomas apresentados, os médicos suspeitam que pode haver infestação da febre em Urandi, já que os pacientes ficaram doentes depois de irem pescar.
Catarina informa ainda que não há risco de o Norte de Minas ser disseminado pela febre, já que não há registros nesse sentido. Ontem e hoje, equipes da Gerência regional de saúde seguiram rumo à Espinosa, onde a entrada de pessoas do estado da Bahia é intenso, por fazer fronteira com Minas Gerais.
Epidemiologista Catarina Veloso Abreu diz que Norte de Minas ainda não corre risco de surto
Há ainda uma equipe de médicos e técnicos da vigilância epidemiológica em Urandi investigando a incidência das mortes, o mesmo que fará a equipe norte-mineira em Espinosa.
VACINA À DISPOSIÇÃO
A vacinação contra a febre amarela já foi liberada e a população poderá receber a vacina nos próximos dias, segundo Catarina.
Ao todo saíram sete pessoas da equipe técnica de vigilância epidemiológica, além de membros da Secretaria estadual de saúde de Minas Gerais. O grupo vai investigar se há a presença da doença na cidade fronteiriça. A investigação deve durar de três a quatro dias.
O tipo fulminante da febre é a silvestre, que dá sinais com a morte de macacos.
- A equipe vai saber se há vetor da doença em Espinosa e saber ao certo a origem das mortes dos pacientes baianos que vieram em estado grave para o hospital São Lucas em Montes Claros – diz a médica.
