A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou Jairo Lopes, de 42 anos, por homicídio, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver. Ele é considerado pela polícia como principal suspeito de matar a menina Rayane Aparecida Cândida, de 10 anos, encontrada morta no dia dois de junho deste ano, em Buenópolis, no Norte de Minas.
Segundo o delegado Vitor Amaro Beduschi, o inquérito da morte da menina já havia sido fechado, dias após o crime, mas ainda faltavam laudos periciais que comprovassem as investigações da PC.
- Os laudos concluíram presença de sangue humano na faca e no coturno que estavam com o Jairo. Foram feitas comparações da amostra de sangue e DNA, e deu positivo; era o sangue da menina presente no material recolhido para a perícia.
Com o encerramento do inquérito, Jairo Lopes, que já havia confessado detalhes do crime à PC, segue detido em um presídio na região metropolitana de Belo Horizonte, mas agora cumprindo prisão preventiva pelos crimes contra a menina. Na época da sua prisão, como o inquérito ainda estava em andamento, ele respondia somente por um mandado de prisão como foragido. Jairo ficará preso até o julgamento.
- Dá um alento. Lógico, que o ideal é que não aconteça este tipo de situação. Mas, ao menos fica resposta à sociedade de que ele não vai ficar impune. Mas, a polícia não faz justiça; vamos aguardar a instrução judicial que vai definir a situação dele - destacou Vitor Amaro.
RELEMBRE O CASO
Rayane Aparecida Cândida desapareceu na manhã do dia 1º de junho quando saiu para pegar uma van que a levaria para a escola. Segundo a família, ela percorria sozinha o caminho de um quilômetro, em uma região pouco movimentada e de difícil acesso. A polícia acredita que no dia do crime, a menor não tenha conseguido chegar nem até o limite da propriedade do pai.
De acordo com a PM, durante as buscas, o comportamento do homem era estranho e ele tentava se esconder das viaturas.
- Até então não havíamos relacionado o comportamento arredio dele com a autoria do crime. Só associamos quando encontramos as botas dele sujas de sangue às margens do rio que fica na fazenda da mulher dele - afirma o tenente.
Ao perceber a movimentação dos policiais, o homem se escondeu em uma mata e demandou várias buscas pela região. A verdadeira identidade do criminoso só foi descoberta quando a mulher dele, Cícera Soares, foi levada até a delegacia para ajudar nas investigações. Segundo ela, o companheiro não apresentava comportamentos violentos.
A mulher disse que o marido se apresentava como Adaulto e que desconhecia o nome e sobrenome verdadeiros dele. Algum tempo depois, ela indicou a identidade do suspeito para a polícia. O nome Jairo Lopes foi encontrado nos registros policiais e a imagem foi reconhecida por Cícera. Após a identificação, a mulher se recusou a falar sobre o assunto.
Jairo foi preso na manhã do dia oito de junho, na zona rural de Joaquim Felício (MG). Moradores da Fazenda Bhavnagar o reconheceram, imobilizaram e o amarraram com cordas. (Fonte: G1)