Preso após tentar atropelar policiais

Foragido da Justiça, jovem de 21 anos é investigado por homicídio, tráfico de drogas, furto e roubo de veículos

Leonardo Queiroz
O Norte - Montes Claros
13/09/2018 às 06:16.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:25
 (Reprodução redes sociais)

(Reprodução redes sociais)

Uma operação para prender um foragido da Justiça quase terminou em tragédia, na noite da última terça-feira, no bairro Cidade Nova, em Montes Claros. O suspeito, de 21 anos, estava em um carro quando foi abordado por policiais civis em frente a um supermercado na avenida Donato Quintino, próximo ao shopping. Para fugir, ele acelerou e partiu para cima dos agentes, que revidaram com tiros.

A confusão começou por volta das 20h. De acordo com o delegado Bruno Resende, os investigadores decidiram agir após receberem a informação de que Gustavo Iran Meira Ramos, que tinha um mandado de prisão em aberto, estava nas imediações da rodoviária para comprar um revólver. A intenção era matar um desafeto.

Nas proximidades do supermercado, o jovem foi abordado por policiais que desembarcaram da viatura. O suspeito deu ré e avançou em direção aos agentes, que atiraram contra o veículo. Gustavo Iran foi baleado no abdômen e no tórax e, ao perder o controle da direção, bateu o carro contra a parede do estabelecimento. Uma adolescente estava no veículo, no banco do passageiro. 

Socorrido para a Santa Casa de Montes Claros, ele foi submetido a uma cirurgia. Até o fechamento desta edição, segundo a assessoria de comunicação da instituição de saúde, o paciente respirava com a ajuda de aparelhos. O estado de saúde era considerado grave. 
 
DESESPERO 
A ação na avenida Donato Quintino provocou pânico entre as pessoas que passavam pelo local. Não houve feridos entre pedestres e policiais.

Carlos Alberto, que trabalha em um carrinho de cachorro-quente em frente ao supermercado, contou que várias pessoas correram para dentro do estabelecimento ao ouvirem os tiros. As portas da loja chegaram a ser fechadas para conter o público.

Apesar do tumulto, o vendedor ambulante afirma que a atuação dos agentes de segurança foi bastante organizada. “Notei que eles eram muito bem treinados. Pelo fato de não estarem caracterizados, foi difícil identificar que eram policiais quando tudo começou. O susto foi muito grande com a freada do carro e, principalmente, com os disparos”, relembrou. 
 
MUNDO DO CRIME
Gustavo Iran é bem conhecido no mundo policial. Conforme o delegado Bruno Resende, na adolescência ele foi apreendido por homicídio e tentativa de assassinato, tráfico de drogas, receptação, furto e roubo de veículos. 

Uma das mortes atribuídas ao rapaz é a de Rodrigo Duarte de Oliveira, em 8 de julho de 2017, no bairro Major Prates, por conta de uma dívida. Na ocasião, uma mulher de 19 anos também foi baleada.

Além disso, Gustavo é investigado por crimes em outras cidades. Apurações indicam que ele teria participação em um homicídio em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, e no transporte de entorpecentes do Rio de Janeiro para Montes Claros.

Após receber alta hospitalar, o homem deverá ser encaminhado para uma unidade prisional.


 

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