Golpista dá ‘tombo’ de R$ 500 mil

Suspeito usava cheques roubados, abria empresas em nome de terceiros e prometia facilitar obtenção de CNH

Leonardo Queiroz
16/05/2019 às 07:06.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:40
 (LEO QUEIROZ)

(LEO QUEIROZ)

Um homem de 37 anos foi preso em Montes Claros suspeito de se passar por policial civil para cometer estelionatos. De acordo com a Polícia Civil, Ailton Moreira da Silva seria responsável por vários crimes e teria falsificado documentos. Haveria pelo menos 30 boletins de ocorrência em que ele é citado, além de 12 procedimentos de investigação abertos. O prejuízo causado pode ultrapassar R$ 500 mil.

Silva chegou a ser preso em flagrante em 2017 pela Polícia Militar. Na época, foram encontrados com ele identidades falsas e cheques furtados. Após três dias detido, o suspeito conseguiu liberdade provisória, mas as investigações continuaram.
 
GOLPES
Além de usar cheques sem fundos, furtados e roubados, Silva estaria se passando por policial civil e prometendo facilidades a interessados em tirar Carteira Nacional de Habilitação (CNH). As principais vítimas, nesses casos, seriam pessoas simples e moradores da zona rural de Bocaiuva, Capitão Enéas e Patos de Minas.

As investigações também apontam que ele agiu por meio de empresas abertas em nome de terceiros e causou prejuízos a pessoas jurídicas e instituições financeiras. Ainda foram identificados três veículos adquiridos de forma fraudulenta.

Em outro episódio, o suposto golpista teria oferecido ajuda a uma pessoa para realizar uma cirurgia de catarata. Após uma consulta médica, teria se aproveitado do fato de o paciente estar com a visão comprometida pelo uso de colírio para fazê-lo assinar documentos adquirindo um veículo Peugeot para o suspeito.

O caso foi descoberto após a polícia encontrar documentos do carro na casa do estelionatário. A vítima jamais suspeitou que Silva fosse o responsável pelo golpe.

De acordo com a delegada Thalita Caldeira, o suspeito tinha muita facilidade em fazer “negócios”.

“Com a posse dos dados de terceiros, ele tinha enorme facilidade para abrir firmas e financiamentos e muitas folhas de cheques foram repassadas a terceiros, causando enormes prejuízos. Ele chegou a usar documento de identidade do irmão falecido e a fazer empréstimo e a adquirir uma moto em nome do pai”, disse.

“O crime de estelionato vem crescendo muito e é cada vez mais arquitetado. As pessoas devem ficar atentas quando forem efetuar negócios, especialmente em grandes volumes de dinheiro”, diz a delegada.

A Polícia Civil acredita que novas vítimas do suposto golpista, que pode ser um dos estelionatários mais atuantes da região, possam aparecer. Silva foi interrogado, mas nega todas as acusações.

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