
Nesta semana, Montes Claros ampliou a vacinação contra Influenza para todos acima de seis meses, após inicialmente limitar a grupos prioritários. O objetivo é prevenir surtos de doenças respiratórias. Na unidade do Major Prates, mais de 600 pessoas foram vacinadas antes da ampliação, com 90% buscando proteção contra a gripe.
Vicente Fernandes, aposentado, comemora a ampliação. Ele foi ao posto de saúde do Major Prates nesta manhã para atualizar o cartão. “Quando eu gripo, vem muito forte e me derruba. Sempre que liberam para todos, eu venho vacinar para prevenir. Depois que comecei a tomar a vacina percebi que melhorei muito. E meu cartão está em dia com a vacina contra a Covid, tétano e outras”, disse.
A unidade do Major Prates, que até às 10h30 desta quarta-feira havia vacinado mais de 50 pessoas, foi a escolhida por Waldemiro de Sá para tomar a vacina. Aos 96 anos, ele declara que “é importante vacinar porque a gripe é pior. Já sofri com isso e a vacina ajuda muito”. Ele chegou acompanhado do filho Sérgio Marques, que só não se vacinou porque esqueceu de levar o cartão, mas pretende voltar ao posto para isso. “Trazer o meu pai para se vacinar, não é apenas obrigação, é um prazer. Faço isso com muita alegria”, afirmou, ressaltando que as recomendações do Ministério da Saúde em relação a estender o horário de atendimento são muito importantes. “Muitas vezes as pessoas têm pouco tempo disponível, chegam para vacinar e a fila está grande, então deixa de vacinar. Ampliar o horário é essencial para se atingir o resultado”.
De acordo com Agna Menezes, do Núcleo de Vigilância da Superintendência Regional de Saúde (SRS), que abrange mais de 50 municípios, a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais tem orientado aos municípios para manter as salas de vacinas abertas durante todo o horário de atendimento nas unidades básicas de saúde, inclusive horário de almoço e com horário de vacinação estendida depois das 17h aos sábados. O objetivo, conforme a coordenadora, é facilitar o acesso da população à vacina. “Embora ela tenha sido estendida para todo o público, é importante reforçar que aquele público prioritário, crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes e idosos, são vulneráveis para o adoecimento, as complicações, internações e óbito por influenza. Então esse público deve ser priorizado pela equipe de saúde da família por meio da busca ativa dos não vacinados”, alerta.
Ela lembra, ainda, que, a partir desse ano, essa vacina passa a integrar o calendário nacional de vacinação para crianças de seis meses a menores de seis anos, idosos com 60 anos ou mais e gestantes. “Então, ela vai estar disponível nas unidades básicas durante todo o ano, e nós estamos agora em um período sazonal, em que essas doenças acontecem mais e com risco maior de gravidade, que pode sobrecarregar o serviço de saúde”, explica. E acrescenta que o ponto-chave na prevenção passa também pela atenção ao tema. “Então, o correto e o que é previsto pela SES, é que os profissionais orientem a população para buscar a vacina o mais precoce possível”.