Vitor Costa
Estagiário
Agressividade, irritação, comportamento vingativo e recusa em obedecer a ordens podem ser sintomas do transtorno desafiador opositivo (TDO). Em Montes Claros, várias palestras sobre o tema foram desenvolvidas a fim de facilitar a relação dos pais com os filhos.
A dona de casa Mônica Almeida tem uma filha de nove anos, autista, que desenvolveu o transtorno de comportamento há quatro anos.
- Foi muito difícil no início, você diz não e ela faz novamente. Ela entendia o que estava acontecendo, fazia para provocar. O complicado nessa situação é você ouvir das pessoas os comentários maldosos não com o intuito de ajudar, mas, sim, dando lição de moral de como educar uma criança sem levar em consideração as limitações dela, como se eu não soubesse educar a minha própria família – desabafa Mônica.
Mônica Almeida buscou ajuda medica para lidar com o transtorno desenvolvido pela filha assim que diagnosticada, e garante que as mudanças de comportamento são notáveis.
- As crise diminuiu bastante. Hoje, já posso sair com ela um pouco mais despreocupada, mas os cuidados não diminuíram e é importante destacar que o papel da escola também foi essencial para melhora do quando da Isabela – destaca Mônica.
CONVÍVIO SOCIAL
Cibele Lima é professora especializada em trabalhar com crianças especiais e destaca a importância do meio pedagógico para inserir a criança no convivo social.
- É fundamental que o meio pedagógico trabalhe para prevenir e oferecer reforço aos pais nessa situação. A equipe escolar deve conhecer as formas e os caminhos mais indicados para conversar e manejar situações críticas porque a criança tem de ser inserida em sociedade – destaca a Cibele.
Segundo a psicóloga Priscila Furtado, o transtorno desafiador de oposição é um distúrbio que ocorre mais na infância, caracterizado por ações inadequadas e excessivamente antissociais. A psicóloga afirma que a participação dos pais em ser um modelo pacífico e positivo é de extrema importância para a criança, evitando agressividade e violência no tratamento.
- A relação familiar com um ambiente respeitador tem grande influência nos resultados do tratamento. Uma criança que cresce com pais presentes e participativos em sua vida, apresentará um quadro de melhora, mais acelerado em comparação com crianças que não possuem um amparo familiar ou vivem em um ambiente fragilizado – finaliza Priscila.