A busca pela imunização e por terapias eficazes cresce na medida em que a enfermidade deixou os trópicos e passou a ser um problema global. Embora em adultos a zika não costuma provocar efeitos graves, em mulheres grávidas há o risco de o bebê nascer com diversas anomalias, incluindo microcefalia. No surto de 2015, 80 mil pessoas de 69 países foram infectadas e, embora a Organização Mundial de Saúde tenha excluído, no mês passado, a doença da lista das emergências de saúde pública internacionais, ela ainda é uma preocupação, pois não existem vacinas nem tratamentos apropriados.
ANTICORPOS
No laboratório de imunologia do Hospital de Sheizen, onde o estudo foi conduzido, a equipe isolou 13 anticorpos monoclonais do sangue do paciente infectado. Dois deles — Z23 e Z3L1 — mostraram-se promissores.
- Somos o primeiro grupo a identificar anticorpos específicos do zika. Esses anticorpos são muito importantes para o desenvolvimento de tratamentos futuros e esperamos fazer a primeira vacina para prevenir e controlar a doença - diz a equipe.
De acordo com os pesquisadores, os outros anticorpos que vêm sendo investigados atualmente reconhecem tanto a dengue quanto o zika, ambos os vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypt.