
Com o período outonal, gripes, resfriados, crises de asma e rinite alérgica se tornam mais frequentes, além do agravamento de doenças pulmonares crônicas, como a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e a bronquite. Crianças, idosos e pessoas com comorbidades são os mais vulneráveis às complicações decorrentes dessas infecções.
A redução da umidade do ar contribui para o ressecamento das vias respiratórias, tornando o organismo mais suscetível a infecções. O ar seco também dificulta a dispersão de poluentes, resultando em uma maior concentração de partículas nocivas no ambiente. Esses fatores combinados elevam os riscos para pessoas que já possuem doenças respiratórias crônicas, podendo levar a internações hospitalares.
Segundo a médica Infectologista da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira (HCMR), em Montes Claros, Fernanda Caldeira, a vacinação é importante nesse período, uma vez que, pois ao “se vacinar no outono, você prepara o sistema de defesa do seu corpo para o inverno, reduz o seu risco de adoecimento grave e também o risco geral de transmitir esses vírus, ajudando a proteger todas as pessoas. É importante lembrar que crianças e idosos são as parcelas da população com maior risco de moléstia grave, e a vacinação ajuda muito a reduzir a chance de serem expostos e de adoecerem”, explica.
A empregada doméstica Vanilde Lima, 43 anos, procura sempre manter atualizado o cartão de vacina, principalmente nos períodos do outono e do inverno. “Com o tempo mais frio, a gente sabe que as doenças respiratórias aumentam. Não dá para vacilar com a gripe. Cada dose é uma proteção a mais, não só para mim, mas para todo mundo à minha volta. Vacina é cuidado, é responsabilidade. Sempre que chega a campanha, eu vou ao posto, levo meus documentos e confiro se está tudo em dia. Prevenir é sempre o melhor caminho” relata.
Conforme a médica do HCMR orienta, ao identificar sintomas respiratórios acompanhados de indicadores de maior gravidade, como febre superior a 39 °C que persiste, dificuldade respiratória, um forte mal-estar que leva à sonolência ou confusão, ou sensação de falta de ar, é crucial procurar assistência médica sem demora. Essa medida é importantes para que “sejam tomadas as providências necessárias, que podem incluir o uso de antivirais, internação ou observação por 24h, além do manejo de sintomas (uso de antitérmicos, analgésicos e até oxigênio suplementar, conforme necessidade)” — explica a médica.