saúde

Outono traz aumento de doenças respiratórias

Vacinas em dia, hidratação e alimentação saudável ajudam na prevenção

Da Redação*
Publicado em 22/03/2023 às 20:00.
De acordo com o pediatra do Hospital das Clínicas Dr.Mário Ribeiro, em Montes Claros, as crianças são um dos grupos mais afetados pelas doenças respiratórias (divulgação)

De acordo com o pediatra do Hospital das Clínicas Dr.Mário Ribeiro, em Montes Claros, as crianças são um dos grupos mais afetados pelas doenças respiratórias (divulgação)

A chegada do outono e a consequente proximidade do inverno além de marcarem a temporada oficial do frio, traz com eles o aumento dos casos de doenças respiratórias. Por isso, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) já adotou uma série de medidas para preparar a rede assistencial do estado.O aumento no investimento nas Unidades de Pronto Atendimento é uma dessas medidas. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, ainda em novembro de 2022, o valor dos repasses para as UPAs de todo o estado foi quadruplicado, passando de R$ 4.844.500,00 para R$ 19.378.000,00 mensais. “Por ano, totaliza R$ 232.536.000,00, que é até quatro vezes o valor historicamente enviado pelo estado para o custeio dessas unidades”, detalha Bacheretti.

As crianças são, naturalmente, um dos grupos mais afetados por doenças respiratórias. Os números do Sistema de Informações Hospitalares dos SUS apontam que, somente em 2022, 13.319 menores de 1 ano e 19.793 crianças de 1 a 4 anos foram internadas no estado devido a doenças do aparelho respiratório. 

Para o médico intensivista pediátrico e coordenador da UTI pediátrica do Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira (HC),em Montes Claros, Saulo David Vieira, o fato do outono/inverno 2022 no hemisfério norte ter sido um dos piores para doenças respiratórias desde 2009, é um alerta, porque, de acordo com ele, normalmente o quadro se repete no hemisfério sul. “Com o frio, as pessoas tendem a ficar mais tempo em locais fechados, aumentando assim, a exposição aos vírus e bactérias que causam essas doenças. Isso reflete no aumento de casos de doenças respiratórias e reflete na pediatria, porque as crianças são mais vulneráveis. Mas acaba que repercute em toda a rede”, ressalta.

A prevenção alerta o pediatra, passa, principalmente pela vacinação e ainda, evitar o contato com pessoas doentes, além de sempre higienizar as mãos. Manter as crianças sempre muito bem hidratadas e com alimentação saudável também ajuda a prevenir. O acompanhamento regular com um pediatra é outra medida importante para manter a saúde das crianças. Mas ele lembra que para um dos principais vírus causadores das doenças respiratórias, o Sincicial Respiratório (VSR), ainda não existe vacina. ”Porém, a vacinação contra COVID, pneumonia, meningite, entre outras ajudam a prevenir as doenças que aparecem neste período”, afirma.
 
Números em 2022
De acordo com dados do Ministério da Saúde durante período do outono/inverno de 2022,quando houve queda na temperatura em todo o Brasil houve um aumento de 30% nas internações de crianças de até 5 anos por síndrome respiratória aguda grave, em relação ao mesmo período de 2021.

Se de fato os números do hemisfério norte, onde nos Estados Unidos houve, de acordo com Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), 78 mil hospitalizações por gripe, 4.500 mortes por gripe e 8,7 milhões de doentes se repetirem no hemisfério sul, mesmo redobrando os cuidados com crianças e idosos, mantendo as vacinas atualizadas, os números devem subir ainda mais do que em 2022 no Brasil.
 
Vacinação contra covid
A covid-19 que também faz parte do grupo de doenças respiratórias também preocupa. E, embora a vacina siga disponível para as crianças e demais públicos elegíveis, as coberturas vacinais registradas no público infantil ainda estão abaixo do esperado, segundo o vacinômetro pediátrico da SES-MG. Até 11 de março, para a primeira dose (D1), a cobertura estava em 51,24% e, para a segunda dose (D2), está em 37,47%.
 
Vacina Bivalente
Outra parcela da população que merece especial atenção no período sazonal são os idosos. Minas Gerais iniciou em 27 de fevereiro a vacinação bivalente para pessoas acima de 70 anos. Também estão recebendo vacinas nessa fase da campanha pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILP), a partir de 12 anos; trabalhadores dessas instituições, a partir de 12 anos de idade; imuno comprometidos, a partir de 12 anos; pessoas das comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas, a partir de 12 anos. 

*Com informações da Agência Minas

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