Secretária de municipal de saúde prevê aumento do número de contaminados nos próximos dias
Cláudio Mendes chegou ao posto em buscada 4ª dose (Márcia Vieira)
O aumento dos casos de Covid em todo país tem acendido o alerta na população que ainda não completou o calendário vacinal. Em Montes Claros, na última semana, foi registrado aumento de 378% de casos positivos em relação à anterior.
Dulce Pimenta, secretária municipal de saúde, explica que o boletim é divulgado semanalmente (toda sexta-feira) e o monitoramento, diário: casos positivos, testes, notificações e pacientes internados.
Por enquanto, de acordo com Dulce, são casos clínicos e a grande maioria sem apresentar gravidade, mas possivelmente nesta semana haverá um percentual de aumento se comparado a semana anterior.
No final da tarde de sexta-feira (18), foi divulgado novo boletim, com dados compilados entre os dias 12 e 18: 793 novos casos (253 homens e 540 mulheres).
Em entrevista ao O NORTE, a secretária reforça que a vacina é a arma mais eficaz para a prevenção e está disponível em todas as unidades de saúde da cidade.
“O principal objetivo da vacina é proteger contra um quadro de agravo, a vacina está disponível. Então, a população tem que fazer a parte dela: procurar a imunização para se proteger e, também, fazer o retorno das medidas de segurança, como evitar aglomerações e higienizar as mãos. É uma postura individual mas pensando no coletivo”, destaca.
Sobre um possível retorno do uso obrigatório da máscara, Dulce reiterou que, no momento, não há nenhum decreto nesse sentido. No entanto, há indicação que seja utilizada nos estabelecimentos de saúde e em locais com grande número de pessoas, como transporte público ou reuniões fechadas. Outra recomendação é pessoas com algum sintoma gripal utilize a máscara para evitar transmissão.
CENÁRIO REGIONAL
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SRS, Agna Menezes, pontua que, em Minas registrou aumento de 30% na positividade dos casos.
“Até esse momento não foram verificadas novas variantes. A orientação é para enviarmos 20 amostras que deram positivo no teste rápido para que seja feito o sequenciamento genético, para identificar se existe a circulação de novas variantes”, informa Agna.
“Há uma preocupação por conta das baixas coberturas vacinais, que na nossa região está em 82% da primeira dose, 72% a segunda e 27% a de reforço. Então, estamos com baixa cobertura vacinal”, alerta.
Com a Covid novamente em pauta, as salas de vacinação da cidade registraram movimento intenso esta semana. Em um shopping da cidade, cerca de 200 pessoas têm passado diariamente pelo local.
“Mesmo com a vacina, ainda há uma chance de pegar Covid. Estava ansiosa para tomar a terceira dose”, conta Maria Vitória Oliveira, de 13 anos, que foi contaminada quando ainda não havia sido vacinada.
A mãe Débora Neves lembra que teve receio de levar a filha para vacinar no início da campanha, por conta do imunizante disponível.
“Era a Coronavac, preferi não dar. Tenho três filhos e estamos todos vacinados”, conta.
Ana Cecília, estudante de medicina na Funorte. Em razão dos aumento dos casos, buscou a vacina hoje no posto de saúde (Márcia Vieira)
O pedreiro Cláudio Mendes, 53 anos, quer tomar a quarta dose. Nesta sexta-feira (18), foi ao posto do Major Prates para se certificar se havia o imunizante. Ao receber a sinalização positiva, prometeu voltar mais tarde com a minha irmã.
A terceira dose da estudante de medicina Ana Cecília Ramos está um pouco atrasada, mas por questão de contingência.
“Tentei vir antes, mas estava gripada e tive que esperar. Agora temos mais evidências em relação à vacina e mais segurança. Depois da segunda dose, tive febre e calafrio, mas não interferiu, porque a decisão de me vacinar é baseada em estudos. O momento está assustando um pouquinho e temos que manter essa precaução” , disse a estudante que durante o estágio essa semana se deparou com alguns casos positivos.