Saúde

Minas apresenta aumento em relação aos casos de SRAG por Covid-19

Da Agência Fiocruz
Publicado em 04/03/2024 às 19:00.
Se apresentar sintomas respiratórios, fique em casa, descanse. Se necessário sair, use uma máscara PFF2 ou N95 (PEXELS)

Se apresentar sintomas respiratórios, fique em casa, descanse. Se necessário sair, use uma máscara PFF2 ou N95 (PEXELS)

Divulgado na última semana, o novo Boletim InfoGripe da Fiocruz mostra um cenário preocupante. Segue em alta o número de novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 e o aumento já domina quase todos os estados do Centro-Sul brasileiro. As regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul têm sinais muito claros de aumento de SRAG por Covid-19 e são os destaques da doença no país. Praticamente todos os estados do Centro-Sul brasileiro apresentam crescimento. 

O pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, explica que a influenza A pode ser a responsável pelo aumento no Nordeste, mas ainda é cedo para afirmar: “além da Bahia, continua tendo também esse sinal da presença do vírus influenza A em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina - algo que já vínhamos comentando desde o início do ano. Pode ser que, nos demais estados do Nordeste em que ainda não temos resultado laboratorial exato, também haja associação ao vírus Influenza A. As faixas etárias que estão sendo afetadas lá não parecem com aquela assinatura típica da Covid-19, mas isso ainda teremos que esperar a entrada dos resultados laboratoriais”.

Gomes expressa preocupação pela situação geral e destaca um quadro de possível cocirculação de vírus em estados do Centro-Sul: “É um cenário nacional que preocupa bastante. Praticamente todo o Centro-Sul com o crescimento associado à Covid-19, alguns estados do Sudeste e do Sul com uma cocircula-ção - ou seja, circulando ao mesmo tempo Covid-19 e Influenza A. Embora a Covid esteja gerando um número muito mais expressivo de internações do que a gripe, observamos essa circulação simultânea. Alguns estados do Nordeste, em particular a Bahia, também mostram aumento de internações com uma associação bastante sugestiva da gripe”.

A recomendação do especialista é a mesma apresentada em boletins anteriores. Quem estiver com sintomas e sinais de infecção respiratória, deve ficar em casa e fazer repouso. Se não puder e precisar sair, deve utilizar uma máscara adequada (PFF2 ou N95) para evitar a disseminação do vírus, especialmente para quem precisar ir a uma unidade de saúde.

No agregado nacional, há sinal de crescimento tanto na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) quanto na de curto prazo (últimas três semanas). Nas últimas oito semanas, a incidência e mortalidade de SRAG mantém o padrão típico de maior impacto entre crianças pequenas e idosos. A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e população a partir de 65 anos de idade. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas são o vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus. Já a mortalidade da SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com predomínio de Covid-19.
 
ESTADOS E CAPITAIS
No agregado nacional, há sinal de crescimento tanto na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) quanto na de curto prazo (últimas três semanas). Nas últimas oito semanas, a incidência e mortalidade de SRAG mantém o padrão típico de maior impacto entre crianças pequenas e idosos. A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e população a partir de 65 anos de idade. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas são o vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus. Já a mortalidade da SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com predomínio de Covid-19.

Dezoitos estados apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

Em relação aos casos de SRAG por Covid-19, observa-se relação com o sinal de aumento no Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Há indícios de crescimento de SRAG por influenza A (gripe) na Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

No Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba e Roraima, o aumento das SRAG se concentra em crianças e ainda não é possível determinar o predomínio viral associado ao sinal.

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