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Quarta-Feira,20 de Novembro
SAÚDE

Macrorregião Norte discute ações para melhoria do SUS

Secretários municipais e representantes se reuniram na Jornada Mineira de Saúde, em MOC

Márcia Vieira
Publicado em 22/09/2023 às 20:25.

Dárcio Gontijo (FNS) e Daniel Sucupira (FMP): debater o SUS para fortalecer gestão nos municípios (Márcia Vieira)

Discutir os gargalos do Sistema Único de Saúde (SUS), apontar caminhos e captar recursos para os municípios a fim de que a saúde seja melhorada nas regiões. Este foi o foco da Jornada Mineira de Saúde, realizada em Montes Claros nesta sexta-feira (22), com a participação de secretários municipais e representantes do setor. 

“É uma oportunidade para os prestadores se reunirem com as autoridades do Ministério da Saúde e com a Frente Parlamentar. O hospital conseguiu colocar algumas pautas como a ampliação do pronto-socorro e a implantação das residências médicas. O Ministério demonstrou muito apoio e recebeu bem, juntamente com a Secretaria de Saúde e a Diretoria Estadual de Saúde”, afirmou Luciana Santana, diretora do Hospital das Clínicas Mário Ribeiro. 

A jornada foi organizada pela Frente Mineira de Prefeitos (FMP), entidade que tem a frente o prefeito de Teófilo Otoni, Daniel Sucupira. Ele destacou que a meta é percorrer as 14 regiões de saúde do Estado.

“O Norte de Minas é uma região muito importante do Estado, que carece e tem muitas dores no que diz respeito a cobertura de leitos hospitalares, entre outras. Montes Claros é uma cidade com muitos municípios no entorno e esse diálogo é para fazer com que os recursos cheguem”, disse. Sobre um prazo para se chegar a um ponto ideal em relação ao financiamento do sistema, o prefeito afirmou que “a jornada promove impactos de curto prazo, com a presença de representantes dos governos e a longo prazo, o planejamento da saúde, de como as ações podem ser mais integradas para o município polo e seu entorno trabalharem de forma coletiva e parceira”. 

De acordo com Dulce Pimenta, secretária Municipal de saúde de Montes Claros, os municípios bancam, hoje, 60% do custeio com atenção básica.

“Há um estrangulamento em várias áreas. Antes da pandemia os prestadores hospitalares já tinham uma dificuldade de financiamento e o recurso não era suficiente. Hoje esse financiamento dos prestadores hospitalares está em cima do que é produzido e tem uma tabela que há 20 anos não é atualizada em alguns serviços. Alguns produtos também não conseguimos mais e esse custo ficou muito alto. A gente precisa que os governos abram discussões para que a gente possa fortalecer o SUS”, explicou
 
FUNDO 
Dárcio Gontijo, representante do Fundo Nacional de Saúde, ressaltou que o sistema não é uma autarquia, uma unidade separada do Ministério, mas uma unidade vinculada e foi instituída em 1969, mesmo antes de ser implantado o SUS. Para ele, a melhoria do sistema passa pelo conhecimento dos gestores sobre a dinâmica da modalidade, disponível para todos eles por meio de uma plataforma que identifica a situação dos municípios e localiza os vazios. 

“Minas Gerais é muito importante, com os hospitais filantrópicos e hospitais de apoio que ajudam a consolidar o SUS nesse papel. As necessidades são infinitas e o orçamento sempre é finito. Esse paradoxo dá a direção para o assunto sempre ser discutido e ver como a gente avança”. 

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