
Nona no ranking dos tipos mais comuns de câncer em homens e a 11ª em mulheres, a leucemia deve superar 10 mil registros no país até o fim do ano. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) 33% dos diagnósticos serão feitos em crianças.
Existem 12 variações da doença que atinge os glóbulos brancos e cuja causa, na maioria das vezes, é desconhecida. A campanha Fevereiro Laranja busca alertar sobre possíveis sintomas, a importância de exames preventivos e da doação de medula óssea.
O hematologista José Alfreu Soares Júnior explica que a leucemia é um tipo de câncer nas células do sangue. Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa.
“Quando uma pessoa tem leucemia sua medula óssea produz células sanguíneas anormais”, explica o médico.
Por ser uma doença silenciosa, é preciso prestar muita atenção aos sintomas mais comuns. “A pessoa pode apresentar um certo cansaço, fraqueza, sangrar mais facilmente do que o normal quando acontece algum machucado, ter algumas infecções mais facilmente que o normal”, alerta o doutor.
Mas o hematologista chama atenção ao fato de que nem sempre a leucemia causa sintomas. “Principalmente no início da doença”, adverte. “A leucemia é um câncer que, na maioria dos casos, só é descoberto por meio de exame de sangue de rotina”.
Cura
A leucemia tem cura. Atualmente, todos tipos são tratáveis e, em grande parte das vezes, podem ser curados, se detectado precocemente, o que facilita a indicação da melhor forma de combate.
O médico José Alfreu esclarece que existe alguns testes utilizados para chegar ao diagnóstico. “Geralmente o hemograma e o mielograma, que é um teste onde a gente coleta uma amostra de sangue de dentro do osso, da medula óssea, para verificar, se células anormais presentes que causam a doença”, explica o especialista.
“Às vezes precisamos tratar a leucemia imediatamente”, diz o doutor. “Outras vezes, se estiver com o crescimento muito lento, sem sintomas, podemos apenas observar e acompanhar regularmente o paciente”, explica.
O tratamento contra leucemia engloba quimioterapia, radioterapia e até transplante de medula óssea.
Cuidados durante e após a quimioterapia e a radioterapia:
- Alimentação:
Necessário que a dieta seja adequada em calorias, proteínas e demais nutrientes.
- Higiene:
É extremamente importante. Todo o corpo deve estar limpo e as unhas cortadas. A higiene de casa, dos móveis e dos brinquedos também não pode passar despercebida.
- Infecções:
É bom evitar contato com pessoas doentes, como aquelas que estão com catapora, gripe, rubéola e outras doenças infecciosas, assim como crianças vacinadas e animais domésticos.