A febre amarela é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite os vírus Zika, dengue e chikungunya (Arquivo/Agência Brasil)
Doença infecciosa grave, com alta taxa de mortalidade, a Febre Amarela pode ser fatal em 50% dos pacientes. A doença é mais uma das enfermidades provocadas pela picada do mosquito Aedes aegypti e o meio mais eficaz para evitar a transmissão é a vacina. Visando minimizar a situação na região, a Superintendência Regional de Saúde está estimulando a população a buscar as unidades de saúde para receber o imunizante.
“O Estado de Minas Gerais está recomendando aos municípios a intensificação da vacinação contra a febre amarela e o monitoramento rápido de cobertura vacinal. Isso é em decorrência dos casos de epizootias (morte de macacos) que têm acontecido no Estado”, explica Agna Menezes, coordenadora de vigilância da Superintendência Regional de Saúde (SRS) em Montes Claros. A coordenadora acrescenta que a vacina é eficaz e segura, com disponibilidade em todas as salas das unidades básicas de saúde. O cenário traz preocupação, já que quase metade dos 54 municípios subordinados à Regional apresentaram casos de epizootias, indicativo de que o vírus está circulando.
“Em 2024, nós já tivemos casos de epizootias em 19 municípios e a nossa cobertura vacinal está em 76,72%. A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é acima de 95%”, afirma Agna.
“Em outras epizootias, como já tivemos também no sul de Minas Gerais, nossa equipe se deslocou aos municípios para fazer um trabalho de bloqueio do vetor, além de campanhas de ampliação da cobertura vacinal, de forma a atingir as metas preconizadas pelo Ministério da Saúde. O principal nesse momento é chamar a atenção da população para a importância da vacinação”, destaca o subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Eduardo Prosdocimi.
PÚBLICO
Segundo as recomendações do Programa Nacional de Imunização, as crianças entre nove meses de vida e menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias) devem receber uma dose aos nove meses e uma dose de reforço aos quatro anos. Já as pessoas a partir de cinco anos que receberam apenas uma dose da vacina antes de completarem cinco anos, devem receber uma dose de reforço. Pessoas com idade entre cinco a 59 anos não vacinadas devem receber uma dose única.
SINTOMAS
A febre de início agudo, associada à icterícia (pele e mucosas amareladas e urina escura), dores de cabeça, dores musculares, náusea, vômito, confusão mental e diminuição da diurese, são os principais sintomas da doença. Caso o paciente apresente um ou mais sintomas, especialmente associados à icterícia, deve procurar atendimento médico imediato.
*Com informações da Agência Minas