As emissões globais de metano, potente gás do efeito estufa, podem ser o dobro das estimativas atuais, colocando um desafio adicional na luta contra as mudanças climáticas - disseram pesquisadores.
O novo estudo está baseado em uma base de dados 100 vezes maior do que as analisadas anteriormente e utiliza uma metodologia que evita suposições discutíveis relativas a modelos anteriores.
Dentro do cálculo, a emissão de metano durante a produção e a utilização de gás natural, de petróleo e de carvão é de 20% a 60% maior do que se pensava.
AQUECIMENTO GLOBAL
- Os inventários de emissões e os estudos atmosféricos subestimaram as emissões de metano a partir dos combustíveis fósseis - disse o autor principal do estudo, Stefan Schwietzke, cientista dos Estados Unidos.
Segundo ele, as emissões da indústria e de fontes geológicas naturais combinadas “são de 60% a 110% maiores do que as estimativas atuais”.
As novas descobertas podem ter sérias implicações para os esforços globais para limitar o aquecimento global “bem abaixo” de 2ºC, como prevê o Acordo de Paris sobre o Clima, que entrará em vigor no próximo mês.