Os desastres naturais atiram para a pobreza 26 milhões de pessoas todos os anos e provocam perdas anuais de 520 mil milhões de dólares no consumo, revela relatório publicado nesta segunda-feira pelo Banco Mundial.
Intitulado “Inquebrável: Construir a Resiliência dos Pobres Perante Desastres Naturais”, o relatório do Banco Mundial e da Instituição Global para a Redução de Desastres e Recuperação avisa que o impacto humano e econômico dos fenômenos climáticos extremos é muito mais devastador do que se pensava.
Os choques climáticos severos, segundo o BM, ameaçam fazer reverter décadas de progressos contra a pobreza. As tempestades, as inundações e as secas têm graves consequências humanas e econômicas, com os pobres pagando, muitas vezes, o preço mais elevado. Construir resiliência aos desastres não só faz sentido em termos econômicos, como é um imperativo moral, acrescentou a instituição através de nota.
O relatório analisa os efeitos dos fenômenos climáticos extremos em duas medidas: as perdas patrimoniais e as perdas no bem-estar, o que permite melhor avaliação dos danos para os pobres, já que “perdas de um dólar não significam o mesmo para uma pessoa rica do que para uma pessoa pobre”.