(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite terminou no dia 24 de outubro, mas a Diretoria Regional de Saúde de Montes Claros tem orientado gestores a continuarem a ação.
Isso porque dos 54 municípios sob a sua jurisdição, apenas 26 conseguiram atingir a meta preconizada pelo Ministério da Saúde de vacinar ao menos 95% do público alvo (crianças menores de cinco anos). Os outros 28 estão abaixo do esperado.
“A cobertura vacinal da regional ficou em 86,81%. Mas em virtude do risco de reintrodução da doença no país, pedimos aos municípios que façam busca ativa dessas crianças e que os pais sejam orientados a buscar a sala de vacina”, ressalta Agna Menezes, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SRS.
Em Coração de Jesus, o secretário Municipal de Saúde, Guilherme Leal, diz que mesmo tendo atingido a meta, o município tem traçado meios para buscar incessantemente essa população alvo.
“Estamos apostando na extensão da sala de vacina central, colocando em horário alternado, fazendo mutirão de 8h até por volta das 22h em dias pontuais e fazendo a varredura”, conta.
Em Montes Claros, a adesão ficou abaixo da meta e os postos seguem disponibilizando o imunizante.
Carolina Freitas, médica, é mãe de três filhos, com idades de 8 anos, de 2 anos e 8 meses e 1 ano e 4 meses. Ela afirma que, independentemente de campanha, o cartão sempre está em dia. E aos seus pacientes, faz questão de informar sobre a importância da medida.
“Por ser uma profissional da área de saúde, sei as consequências de uma polio: são devastadoras para a criança” , diz, destacando que a vacina é gratuita, disponível pelo SUS e está em todas as salas de vacinação da cidade.
A engenheira Talita Nunes não se descuida e foi também durante a campanha que aproveitou para levar o filho Dante, de 1ano e 8 meses ao PSF. “Foi tranquilo, ele não chorou e eu não tenho nenhum receio da vacina. Mas tenho da doença. Ele está com o cartão completinho pra idade dele e os cuidados são muito importantes. Manter essa vacina disponível mesmo depois da campanha é muito importante”, afirma.
Mariana Corrêa chegou ao posto de Saúde do Major Prates no final da tarde para vacinar Helena, de 4 anos. Depois da vacina, veio o choro da pequena e a mãe tranquilizou.
“Foi só um susto”, disse, complementado: “Acredito em as vacinas, não só a da polio, são o meio mais eficaz contra as doenças. A Covid veio aí para provar. Agora aguardo a vacina contra a Covid para a idade dela. Eu já estou vacinada”, conta.