(Fiocruz)
Em estado de emergência, decretado pelo município em fevereiro, em função do aumento dos casos de arbovirores, Montes Claros registra a primeira morte por chikungunya. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), nesta terça-feira(21). Trata-se de uma idosa de 71 anos, que tinha comorbidades. Ela estava internada na Santa Casa desde o dia 22 de fevereiro, em tratamento oncológico, tinha câncer de pulmão, hipotireoidismo, diabetes, hipertensão e cardiopatia crônica. Um dia após a internação, em 23, ela não resistiu e veio a óbito, oito dias após os primeiros sintomas de chikungunya, doença causada pelo mosquito Aedes Aegypti. Mas o caos já estava sob investigação.
O teste de imunoglobina M (IgM) foi feito no dia 20 de fevereiro, mas só foi confirmado para a doença na última sexta-feira (17). A secretaria de Saúde de Montes Claros informou que as análises laboratoriais de estado de Minas Gerais são concentradas em Belo Horizonte e o prazo de entrega do resultado é de 30 dias a 90 dias. No Boletim de arboviroses divulgado nesta segunda (20) consta que desde o dia 1º de janeiro deste ano foram notificados 6.458 casos da doença. Desse total, 642 já foram confirmados.
AÇÕES
No decreto de Situação de Emergência que vai até junho de 2023, A Prefeitura reconheceu que o município vive um surto de doenças transmitidas pelo o mosquito Aedes Aegypt, principalmente dengue e chicungunya. O documento permitiu ao município a adoção de algumas ações emergenciais para contenção do surto, como a contratação de mais agentes de endemias, utilização de carros com equipamentos de Ultra Baixo Volume (UBV), o famoso “fumacê” e realizou o Dia D. Nos últimos 10 dias a secretaria de Saúde recebeu 17.424 notificações de casos de chicungunya, com 1641 casos já confirmados no período, mas de acordo com a Diretora de Vigilância da secretaria de Saúde de Montes Claros, Maria Clara Lelis, as ações com foco na eliminação do mosquito vetor permanecerão as mesmas, com exceção do Dia “D” que não será mais realizado. “Não vamos mais promover o Dia “D”, mas intensificar as ações nas 5 regionais e fazendo o que já fazemos, que é ir nas casas e também, promover a participação da população para amenizar a proliferação do mosquito”, afirma.
MINAS GERAIS
Além do óbito registrado em Montes Claros, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) também confirmou uma morte por chikungunya em Ponte Nova, na Zona da Mata. Além disso, 13 óbitos ainda estão em investigação. De acordo com os dados do boletim epidemiológico entre 13 e 20 de março, Minas Gerais registrou 1,7 mil novos casos da doença, totalizando 9.306 casos em 2023.