saúde

Casos de dengue em Minas acionam ‘alerta vermelho’

Até o mais recente registro, SRS de MOC contabiliza um total de 2.536 casos de dengue

Larissa Durães
larissa.duraes@funorte.edu.br
Publicado em 05/02/2024 às 21:17.
Pequenas medidas podem ser adotadas para prevenir a proliferação do mosquito, como evitar deixar objetos suscetíveis ao acúmulo de água expostos (Larissa Durães)

Pequenas medidas podem ser adotadas para prevenir a proliferação do mosquito, como evitar deixar objetos suscetíveis ao acúmulo de água expostos (Larissa Durães)

O Ministério da Saúde está em alerta devido ao crescente número de casos de dengue no Brasil. Nos últimos seis dias de janeiro, o número de mortes dobrou, totalizando 24, sendo sete no Distrito Federal, cinco em Minas Gerais, quatro no Paraná e quatro em São Paulo. Em estado de emergência em saúde pública, Minas Gerais registra 64.724 casos prováveis e 23.389 confirmados até 29 de janeiro.

As mortes por dengue foram registradas em Arceburgo, Belo Horizonte, Lagoa Santa, Monte Belo, Ribeirão das Neves, Sarzedo e Sete Lagoas. No levantamento, ainda não constam, pelo menos, três mortes que foram recentemente confirmadas pelas prefeituras da capital mineira, Betim e Barbacena.

Montes Claros também enfrenta um surto de arboviroses, com 655 casos notificados em 2024. Em onze bairros, a incidência ultrapassa 300 casos por 100 mil habitantes. Na região, 54 municípios que compõem a área de atuação da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros registraram 2.665 casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, incluindo 2.536 de dengue, 123 de febre chikungunya e seis de zika vírus, sem mortes relatadas.

“Foi muito ruim. Os sintomas aparecem muito rápido. Eu tive muita fraqueza, dores no corpo e fiquei coçando e meu corpo ficou todo vermelho com manchas. Tive febre três dias, dor na nuca, ardência nos olhos e uma dor de cabeça insuportável por cinco dias”, comenta a comerciante Rogéria Góes que contraiu dengue nos últimos dias em MOC. 

No verão, com chuvas intensas e altas temperaturas, a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, chikungunya e zika, aumenta. Eliminar focos do mosquito é crucial, pois recipientes com água, grandes ou pequenos, podem ser criadouros. A ministra da saúde, Nísia Trindade, enfatiza que 75% da transmissão ocorre dentro das casas, apelando para a colaboração do governo, cidadãos e famílias na vigilância e cuidado ambiental constante.

“A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito urbano Aedes aegypti. Ele prolifera botando seus ovos em água limpa e parada, onde os ovos eclodem, dando origem às larvas que passarão por todo o processo de evolução ainda na água parada até virarem um novo mosquito”, explica a médica generalista em pronto-socorro, pronto atendimentos e CTI adulto do Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro (HCMR), Raphaela Toledo Alkimim. 

A médica destaca que a dengue é caracterizada por febre alta, dores no corpo, na cabeça e atrás dos olhos, além de náuseas, vômitos e, por vezes, diarreia. Ela ressalta a importância de estar atento a sinais de alarme, como dor abdominal persistente, vômitos intensos e sangramentos, que podem indicar dengue hemorrágica. Em caso desses sintomas, é crucial buscar ajuda médica imediata, pois “o tratamento adequado e oportuno é essencial para prevenir complicações fatais”, completa. 

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