Saúde

Cânceres evitáveis

Fumante que abandona vício pode prevenir 95% dos tumores de cabeça e pescoço

Da Redação (Hoje em Dia)
Publicado em 01/08/2022 às 23:09.
 (FREEPIK)

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Quase 100% dos cânceres de cabeça e pescoço em homens fumantes podem ser evitados com o abandono do vício. A taxa de prevenção vale para quem larga o cigarro convencional ou eletrônico, narguilé ou deixa de mascar tabaco. O alerta é do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O consumo excessivo de álcool junto com o tabaco aumenta ainda mais o risco. “Se nós pudéssemos eliminar esses fatores de risco, estaríamos prevenindo, só na cavidade oral, para se ter uma ideia, 95% dos casos em homens e 92% entre mulheres”, destaca a dentista e sanitarista Adriana Atty, da Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Redes, da Coordenação Geral de Prevenção e Vigilância do Inca.

Conforme o instituto, a estimativa para o triênio 2020/2022 é de 19,5 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço em homens e 17,1 mil em mulheres. Além da prevenção, é preciso ficar atento ao diagnóstico precoce.

Segundo a especialista, a população precisa ser estimulada a priorizar sinais de alerta e não postergar a ida a um profissional da área da saúde. Na cavidade oral, por exemplo, Adriana disse que os sinais mais importantes são machucados que não cicatrizam por até 15 dias. 

“Lesões persistentes na cavidade oral são sinal de alerta. Precisam ser investigadas”. A dentista deixou claro que não necessariamente as lesões que fiquem na boca por mais de 15 dias podem ser câncer. Mas, de qualquer forma, necessitam de investigação.

Do mesmo modo, nódulos no pescoço têm que ser verificados. Outros sinais de alerta são mudanças na voz, rouquidão, dificuldade para engolir, dificuldade na mobilidade da língua e, em consequência, dificuldade para falar ou mastigar. Adriana Atty observou que esses vão piorando e quando se registra dificuldade para mastigar e engolir, “pode-se dizer que esse tumor está mais evoluído”.

Tratamento
Quando o câncer é diagnosticado no início, o tratamento principal é a cirurgia. Remove-se o tumor e o prognóstico relacionado à sobrevida e à qualidade de vida é maior, porque mutila-se menos o indivíduo. 

Para os profissionais de saúde, a orientação é que tenham o hábito da inspeção, em especial os cirurgiões-dentistas, mesmo em consultas rotineiras, e valorizar as queixas dos pacientes. A integração de toda essa rede, incluindo o SUS, é fundamental para que se consiga iniciar o tratamento do tumor ainda com pequenas dimensões. 

*Com informações da Agência Brasil

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