Baixa cobertura leva governo a prorrogar campanha nacional de vacinação contra gripe e o sarampo

Público-alvo terá mais três semanas para se proteger

Da Redação*
Publicado em 04/06/2022 às 00:15.Atualizado em 04/06/2022 às 13:19.
Resistência à vacinação contra doenças preveníveis pode colocar o Brasil na rota de novos surtos (tânia rego/agência brasil)
Resistência à vacinação contra doenças preveníveis pode colocar o Brasil na rota de novos surtos (tânia rego/agência brasil)

O baixo índice de cobertura vacinal contra a gripe e o sarampo levou o Ministério da Saúde a prorrogar a campanha nacional, prevista para ser encerrada nesta sexta-feira (3). Serão mais três semanas para que os grupos prioritários procurem as unidades de saúde para s e imunizarem.

O novo prazo vai até 24 de junho, com o objetivo de aumentar as coberturas vacinais para as duas doenças. De acordo com a pasta, a partir do dia 25 de junho os estados e municípios poderão ampliar a vacinação contra a gripe para toda a população a partir de 6 meses de idade, enquanto tiverem doses disponíveis.

Os grupos prioritários para a vacinação da Influenza são os idosos acima de 60 anos de idade; trabalhadores da saúde; crianças de 6 meses a 5 anos incompletos; gestantes e puérperas; povos indígenas; professores; pessoas com comorbidades ou com deficiência permanente; integrantes das forças de segurança, de salvamento e Forças Armadas; caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso; trabalhadores portuários; funcionários do sistema prisional; população privada de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.

Os grupos prioritários somam quase 80 milhões de brasileiros e, até o momento, a cobertura vacinal chegou a apenas 44% desse público em todo o país.

Em Minas, até o momento, apenas 54,6% do público-alvo garantiu a proteção contra o Influenza. Em Montes Claros, a média de cobertura estava ainda menor no início da semana – 37,6%.
 
SARAMPO
O Ministério da Saúde ressalta que a imunização contra o sarampo faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e as doses ficam disponíveis durante todo o ano. É utilizada a vacina tríplice viral, que também previne contra a caxumba e a rubéola.

Pelo Calendário Nacional de Vacinação, a vacina deve ser aplicada nos bebês ao completarem 1 ano de idade e reforço entre 4 e 6 anos de idade. Também se recomenda a aplicação de uma dose entre os 30 anos e 50 anos de idade, em pessoas não vacinadas na infância ou juventude.

A campanha de vacinação começou no dia 4 de abril e podem se vacinar os trabalhadores da saúde e as crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade. Mas a procura pelo imunizante tem sido muito baixa. Em montes Claros, por exemplo, apenas 40% das crianças foram protegidas contra a doença e 38% dos profissionais de saúde.
 
PERIGO
O Brasil perdeu o selo de erradicação de sarampo em 2019, por causa da queda na cobertura vacinal. Segundo dados do Núcleo de Informação, Políticas Públicas e Inclusão (Nippis), em três anos foram registrados 26 óbitos de crianças abaixo de 5 anos de idade e mais de 1,6 mil internações por sarampo no país, número que não era alcançado desde o início dos anos 2000.

*Com Agência Brasil

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