Associação de crianças com autismo precisa de ajuda

Entidade não tem apoio do município e por isso não teve alternativa: suspendeu os atendimentos e agora busca apoio da população para retomar os procedimentos

Jornal O Norte
31/03/2017 às 07:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:57

Christine Antonini
Repórter

A Associação Norte Mineira de Apoio ao Autista – Anda, surgiu em 2009 com objetivo de disseminar o conhecimento sobre o autismo, assim como capacitar profissionais de todas as áreas que lidam com crianças, adolescentes e jovens que possuam a síndrome, e proporcionar atendimentos gratuitos de qualidade. Porém, os atendimentos foram suspensos por falta de apoio do município em recursos humanos e repasses financeiros.

Instituição sem fins lucrativos que só se mantém através de doações, rifas e eventos realizados para arrecadar fundos, a Anda possui 58 famílias e atende cerca de 250 pessoas, entre crianças e adolescentes. Para elas são oferecidas terapias gratuitamente, de acordo com a possibilidade dos profissionais voluntários – são 15 profissionais, entre psicólogos, fonoaudiólogos, professores, médicos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. A instituição tem a missão de ser referência no centro de atendimento, formação e reabilitação a fim de promover qualidade de vida para autistas, familiares e sociedade.

De acordo com a presidente da Anda, Keilia Marielle Neri Santos, em 2017 nenhum atendimento foi realizado, pois não há recurso para o procedimento.

- O único projeto criado pelo município para nos ajudar foi em 2016, na gestão do ex-prefeito Ruy Muniz, beneficiando 120 crianças e as famílias que não tinham condições de custear consultas. Já que não temos como fazer os atendimentos na Anda, o atual prefeito poderia disponibilizar profissionais da saúde para atender os pacientes pelo Sistema Único de Saúde, coisa que não acontece – ressalta a presidente.

FALTA PROFESSOR
Outra reivindicação dos pais cadastrados na Anda é quanto à mudança e a falta de professores específicos para lidar com pessoas deficientes. De acordo com lei municipal, toda criança que possui algum tipo de atenção especial (deficiente físico, autista, dislexo), deve ter um profissional capacitado para orientar dentro da sala aula, facilitando o aprendizado.

- Nossos filhos não são cobaias para ficar de mão em mão. Tenho caso de uma mãe que tem trigêmeos que possuem TEA, e foi afastada a professora deles. O profissional que lida com aluno com TEA deve primeiro ganhar a confiança da criança. Aí, quando mudam de professora, ela fica perdida.  O município poderia nos ajudar fazendo uma parceria para formação de educadores que acompanham alunos com autismo -  finaliza Keilia.

Quem quiser contribuir com a Anda pode adquirir um carnê com uma contribuição mensal que também pode ser descontada no cartão de crédito, através do site da instituição.

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