Vacina da Pfizer contra Covid para crianças será diferente

Dose terá concentração menor que a dos adultos, em frasco diferenciado

Da Redação*
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17/12/2021 às 10:05.
Atualizado em 29/12/2021 às 00:34
 (tânia rêgo/agência brasil)

(tânia rêgo/agência brasil)

As crianças brasileiras de 5 a 11 anos poderão ser vacinadas contra a Covid-19. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do imunizante produzido pelo consórcio Pfizer-BioNTech, a Comirnaty, para esse público.

“Com base na totalidade das evidências científicas disponíveis, a vacina Pfizer-BioNTech, quando administrada no esquema de duas doses em crianças de 5 a 11 anos de idade, pode ser eficaz na prevenção de doenças graves, potencialmente fatais ou condições que podem ser causadas pelo SARS-CoV-2”, diz Mendes.

O gerente lembra que as análises contaram com a participação de diversos especialistas tanto da Anvisa como de outras entidades. “Verificamos segurança e tolerabilidade, em uma primeira fase. Nela foram aplicadas doses diferentes. Com base no resultado, chegamos à conclusão de que deveriam ser aplicadas 10 microgramas, quantidade inferior à aplicada em adultos”, explica.

Na comparação entre crianças de 5 a 11 com pessoas de 16 a 25 anos (considerando as doses correspondentes a cada grupo), foi identificada a presença de anticorpos nas crianças.

“Observamos desempenho satisfatório da vacina também contra a variante Delta”, ressalta. “E não há relato de nenhum evento adverso sério, de preocupação ou relato relacionado a casos muito graves ou mortalidade por conta da vacinação. Esse perfil de segurança é muito importante”, completa.

DOSAGEM
De acordo com a gerente geral de Monitoramento, Suzie Marie Gomes, as doses de vacinas para crianças é de um terço em relação à dose e à formulação aprovada anteriormente. Além disso, a formulação pediátrica é diferente. Ou seja, não se pode fazer diluição da dose de adulto para a dose de criança.

Suzie Marie acrescenta que as crianças que completarem 12 anos entre a primeira e a segunda dose devem manter a dose pediátrica. A gerente de Monitoramento ressalta que não há estudos sobre coadministração com outras vacinas e que, portanto, o uso de diferentes vacina não é indicado.
 
SECRETÁRIOS DE SAÚDE
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou nota na qual manifestou apoio à aprovação do imunizante para esse público. Nela, o presidente da entidade, Carlos Lula, destaca que o imunizante já foi aprovado para a faixa etária pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), pela Agência Americana Food and Drug Administration (FDA) e pelo governo de Israel.

“Tendo em vista que para dar início à vacinação nesta faixa etária será necessária formulação específica desta vacina com um terço da fórmula padrão, o Conass aguarda posicionamento do Ministério da Saúde quanto à sua aquisição, o que é de sua competência”, diz Carlos Lula.

O Ministério da Saúde informou que não há, ainda, previsão sobre quando começará a aplicar a vacina da Pfizer em crianças com idade entre 5 e 11 anos.

Recomendações
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou algumas orientações para a vacinação das crianças. A atenção deve ser redobrada, uma vez que tanto a dose como a formulação da vacina a ser aplicada serão diferentes das aplicadas em jovens e adultos. A exemplo do que ocorreu nos demais grupos, a vacinação em crianças deve priorizar grupos considerados de risco. Pais ou responsáveis devem ficar atentos com relação ao frasco da vacina, que terá cor laranja. Para adultos, o frasco é roxo. A administração da vacina em crianças será de duas doses de 10 microgramas com três semanas de intervalo. “O volume a ser aplicado é de 0,2 ml em uma seringa de 1 ml”, explica a diretora da Anvisa, Meiruze Sousa Freitas. Outra recomendação da Anvisa é de que a vacinação das crianças seja feita em “ambiente específico e segregado da vacinação de adultos”.
 
Intervalo de 15 dias
Segundo a diretora da Anvisa, a vacina não deve ser administrada de forma concomitante com outras vacinas do calendário infantil. “Por precaução, é recomendado intervalo de 15 dias”.

“Pais ou responsáveis devem procurar um médico, caso a criança apresente dores repentinas no peito, falta de ar ou palpitações após a aplicação da vacina”, afirmou a diretora. 

*Com Agência Brasil

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