Medir o açúcar no sangue é o procedimento padrão para diagnosticar e acompanhar o diabetes, doença crônica que, em 2014, acometia 422 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial de Saúde. Há, porém, limitações no exame atual. O nível da substância no corpo varia de acordo com hora do dia, e até mesmo a cada minuto, reconhecem especialistas.
Portanto, um exame não feito no melhor momento pode levar a decisões que comprometam a prevenção e os cuidados com a doença. Pensando em uma solução para esse problema, cientistas dos Estados Unidos trabalham em um método que, se confirmado, não dará um retrato instantâneo da condição da pessoa examinada, mas sinais do que anda acontecendo com ela nas semanas anteriores.
DIAGNÓSTICO MAIS SEGURO
O atual padrão ouro para medir a corrente média de glicose no sangue, é baseado na quantidade de hemoglobina glicosilada (HbA1c), glicose que adere à hemoglobina, o veículo do oxigênio no interior das células vermelhas do sangue. Mas a relação entre a HbA1c e a média de glicose no sangue pode variar substancialmente. Não são raros os casos de pacientes com os resultados dos testes de HbA1c idênticos, mas com diferentes níveis de açúcar em uma análise mais minuciosa. Combinado um modelo matemático avançado de glicação da hemoglobina com grandes conjuntos de dados de medições de glicose, os cientistas chegaram a um método que reduz em mais de 50% os erros de diagnóstico.