Norte de Minas tem 43 casos suspeitos do Covid

Pelo menos 40 municípios decretaram emergência para enfrentar situação

Christine Antonini
O Norte
20/03/2020 às 07:50.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:01

Quarenta municípios norte-mineiros decretaram situação de emergência em função da pandemia do coronavírus. A medida foi feita para facilitar e acelerar as ações de prevenção ao Covid-19. O Norte de Minas já soma 43 casos suspeitos, segundo a Superintendência Regional de Saúde (SRS), número que aumenta a cada dia.

Montes Claros foi a primeira cidade a decretar emergência. Para se ter uma ideia da velocidade da propagação da doença, na última segunda-feira o município possuía quatro casos suspeitos de coronavírus. Ontem, o número já chegava a 18.

A situação de emergência desburocratiza os processos da administração pública, permitindo que medidas de prevenção e combate ao coronavírus sejam tomadas de forma mais ágil. Medicamentos podem ser comprados e profissionais podem ser contratados sem a realização de licitações, por exemplo.

Além de Montes Claros, que lidera o ranking de casos suspeitos da doença, São Francisco apresenta situação preocupante. O município de aproximadamente 54 mil habitantes tem 12 suspeitas de coronavírus, incluindo uma morte. O resultado do exame para atestar se o óbito está relacionado ao Covid-19 sai na próxima semana.

Segundo o secretário de Saúde de São Francisco, Renato Carlos de Lima, cinco pessoas da mesma família estão em isolamento domiciliar. A medida foi tomada depois que um homem retornou de São Paulo com sintomas de gripe.

Os dois filhos, a esposa e a mãe dele passaram por exames, que foram enviados para a Fundação Ezequiel Dias (Funed), em BH, referência no diagnóstico de Covid-19. Os casos foram notificados ao Estado.

AÇÕES PRÁTICAS
Para o presidente da Amams e prefeito de Januária, Marcelo Felix, o decreto é de grande importância para agilizar as ações públicas. Ele destaca, no entanto, que é necessário que os gestores municipais partam para a prática, determinando a suspensão das aulas em toda rede de ensino, acionando o Ministério Público para resguardar a situação das prefeituras e ainda cobrando do governo os recursos suficientes para socorrer a população.

Para que o decreto seja efetivo, Marcelo Félix orienta para que os prefeitos publiquem o documento junto ao plano de contingência. “Os planos servem para delinear ações, garantindo assistência à população a partir dos serviços de atenção primária. Já os hospitais, além da definição de fluxos para atendimento interno de pacientes que porventura venham a contrair coronavírus, terão que preencher planilha com informações sobre a disponibilidade de leitos que podem ser ativados ou habilitados em terapia intensiva”, pontua o presidente da Amams.

Segundo a superintendente Regional de Saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques, ficou definido que os usuários que apresentem sintomas leves da doença serão atendidos e acompanhados pelos serviços de atenção primária dos municípios. “Todos os municípios devem elaborar seus planos de contingência, delineando ações para garantir assistência à população”, explica.
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