Higienizar as mãos é a melhor medida preventiva contra o novo coronavírus, diz infectologista

Da Redação*
O Norte
01/04/2020 às 02:00.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:09
 (Riva Moreira/Hoje em Dia)

(Riva Moreira/Hoje em Dia)

Moedas e cédulas de dinheiro passam de mão em mão pelas ruas e em comércios. Cartões de banco e documentos pessoais também são usados frequentemente por todos. Não se sabe ao certo quanto tempo o vírus que causa a Covid-19 sobrevive em superfícies, mas a orientação central para evitar contaminação é, após usar esses objetos, lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel 70% e evitar tocar nos olhos, boca ou nariz.

“Não importa se o meio de pagamento é cartão ou dinheiro, o que importa é higienizar as mãos. Como não ficamos o tempo todo com eles nas mãos, ao pegar nessas coisas e em tudo que a gente compartilha, como canetas, higienize as mãos”, explicou a infectologista Eliana Bicudo, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Mesmo com a recomendação do Ministério da Saúde de manter o isolamento social, algumas pessoas ainda precisam frequentar mercados e farmácias em busca de itens essenciais ou mesmo estabelecimentos de saúde.

De acordo com Eliana, quando saímos de casa, o importante é manter um distanciamento de pelo menos um metro entre as pessoas. “Pode fazer seu supermercado, suas compras, tocar nos objetos, mas ficar atento para não levar as mãos à boca. Assim que acabar, higienize as mãos dentro do possível, sempre que puder”, ressaltou.

RESISTÊNCIA
Estudos apontam que os coronavírus (incluindo informações preliminares sobre o que causa a Covid-19) podem persistir nas superfícies por algumas horas ou até vários dias. Isso pode variar, por exemplo, conforme o tipo de superfície, temperatura ou umidade do ambiente.

“O tempo pode variar de material para material. A gente sabe que pode estar até três dias em metal e no plástico, no tecido em menor tempo. Único lugar que se tem certeza que não sobrevive é no cobre. Por isso, quando estiver em lojas, evite colocar a mão nas mesas e nos balcões”, explicou a infectologista.

Na dúvida, higienizar as mãos é a melhor medida preventiva, bem como limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência, como celulares. 

A transmissão do coronavírus ocorre de pessoa a pessoa por meio de gotículas exaladas pela pessoa doente quando ela fala, tosse ou espirra. Quando a pessoa doente toca em objetos ou aperta a mão de alguém e esta coloca a mão na boca, nariz ou olhos, também ocorre a infecção.

A SBI esclarece que ainda não se sabe com certeza o papel da pessoa sem sintomas na cadeia de transmissão e recomenda não cumprimentar ninguém com as mãos.

Uso da máscara
O infectologista Estevão Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, explica que a máscara não tem indicação de ser usada por pessoas que não têm sintomas da Covid-19, a não ser que estejam a uma distância pequena de alguém suspeito de ter a doença. Não é recomendado sair de casa com o objeto, é inadequado e perigoso, segundo o médico, porque a máscara vai se contaminando, às vezes, com outros vírus e ela pode ser mais prejudicial do que auxiliar.

Cada máscara só pode ser usada uma única vez e deve ser descartada logo em seguida. Se, ao retirar a máscara, o usuário toca a proteção sobre o rosto, corre o risco de se contaminar com partículas que se depositaram sobre o material (que está lá exatamente para bloquear o vírus). Uma vez nas mãos, o perigo é que o vírus acabe levado ao rosto. Por isso, é fundamental retirar a máscara pela parte de trás da cabeça, jogá-la imediatamente no lixo e higienizar as mãos logo em seguida. 

*Com Agência Brasil

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