Dengue dispara e exige ação urgente contra o mosquito

Prefeitura realizou ações durante a Semana Nacional de Combate ao Aedes, que culmina hoje, no Dia D contra o inseto que transmite também zika e chikungunya

Alice Veloso*
30/11/2018 às 06:31.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:19
 (LEO QUEIROZ)

(LEO QUEIROZ)

Hoje é o Dia D de combate a um bichinho pequenino, mas que tem provocado muito estrago nas cidades mineiras e em todo o país – o mosquito da dengue. É o dia de encerramento da Semana Nacional de Combate ao Aedes Aegypti, que teve início no domingo.

E Montes Claros tem motivo de sobra para declarar guerra ao inseto. A cidade registrou em oito meses deste ano quatro vezes mais casos da doença do que o total de 2017. De janeiro a agosto foram 858 notificações de dengue, 314% a mais que os 207 ocorridos no ano passado. E o número pode subir ainda mais, pois há 489 sob investigação.

Com a temporada de chuva já aberta e as altas temperaturas, é tempo de decretar o fim de ambientes favoráveis à reprodução do Aedes, como caixas d’água sem tampa, latas, garrafas, pneus e outros objetos ao ar livre e que possam acumular água, limpar calhas, ralos e retirar os pratinhos dos vasos de plantas.

Durante toda a semana, foram realizadas várias ações na cidade, como visitas domiciliares, mutirões de limpeza e distribuição de materiais informativos. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), todos os municípios mineiros aderiram à campanha.

O Aedes aegypti é o agente causador da dengue, chikungunya e zika. A chegada do verão e das chuvas, principalmente de novembro a maio, é considerado o período epidêmico para as doenças transmitidas pelo mosquito, pois oferece as condições ideais para a proliferação.

Segundo Flamarion Cardoso Gualberto, coordenador de Saneamento e Controle do Centro de Controle de Zoonoses de Montes Claros, cerca de mil agentes comunitários foram mobilizados para participar da campanha em toda a cidade com o objetivo de reduzir o alto índice de casos de dengue.

“Pretendemos alcançar toda a cidade, conscientizando crianças, jovens e adultos para ficarem de fato longe do Aedes aegypti e, assim, evitar que a população adoeça”, afirmou.

O coordenador chama atenção para os cuidados que a população deve ter para evitar a proliferação do mosquito: “tampar tambores e caixas d’água, evitar descartes de copos e sacolas em terrenos baldios, conversar com amigos, vizinhos e familiares sobre os riscos que o mosquito oferece, podendo provocar doenças e até levar ao óbito”.
 
DADOS
Em Minas, foram registrados 26.155 casos prováveis (casos confirmados e suspeitos) de dengue nesse ano. Até o momento, oito óbitos foram confirmados, residentes nos municípios de Araújos, Arcos, Conceição do Pará, Contagem, Ituiutaba, Lagoa da Prata, Moema e Uberaba. Há 11 óbitos em investigação por dengue.

Em relação à febre chikungunya, o Estado registrou 11.660 casos prováveis da doença, concentrados no Vale do Aço. Um óbito foi confirmado em Coronel Fabriciano e dois estão em investigação. Há 157 casos prováveis de zika.

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Passeata e blitz contra o Aedes
Leo QueirozRepórter
 
Neste Dia D de combate ao Aedes aegypti, será realizada uma passeata de mobilização popular no Centro da cidade, a partir das 7h30. Os participantes sairão da praça da Catedral até a praça Dr. Carlos.

As ações continuam das 7h30 às 12h, com orientação aos moradores no estande educativo sobre “Prevenção ao Aedes aegypti”, na praça Dr. Carlos. É muito importante a participação da população para que o município consiga se proteger de um possível surto da doença nos próximos meses.

José Vieira de Aquino, de São Francisco, foi parado em uma blitz educativa quando chegava a Montes Claros. Os agentes orientavam motoristas sobre a prevenção contra a proliferação do mosquito.

“É muito importante ações como esta para não esquecermos de tomar os devidos cuidados com a dengue. Estamos no período em que os casos aumentam devido às chuvas. Vou ler a cartilha com calma e tomar os devidos cuidados”, disse.

Miro Botelho acha muito importante o combate ao mosquito. “Essas ações são necessárias. É preciso combater o mosquito para que não haja casos graves da doença”.

Jair Aparecido Santos Gonçalves, coordenador do setor de educação e saúde do Centro de Zoonoses, destaca que foram escolhidos locais onde há maior fluxo de veículos para alertar o máximo possível de pessoas. “Entregamos panfletos para as pessoas, pedindo que eles leiam com atenção e que coloquem em prática as precauções”.

Para mais informações, a população pode ligar no 2211-4403.

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