Cientistas identificam molécula que desencadeia o Parkinson

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Jornal O Norte
08/10/2016 às 07:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 15:46

A baixa produção de dopamina está ligada ao surgimento do Parkinson, doença degenerativa que causa tremores, diminuição dos movimentos voluntários e instabilidade postural. Entender como se dá esse processo no cérebro, porém, intriga cientistas. Um grupo dos Estados Unidos, em parceria com uma brasileira da Universidade Federal do Rio de Janeiro, parece ter avançado nesse sentido.

Eles identificaram uma proteína, a alfa-sinucleína, que, em excesso no cérebro, interrompe a produção de dopamina e o que está por trás desse acúmulo. Detalhes do estudo foram divulgados na edição desta semana da revista Science. A expectativa é de que eles ajudem na criação de tratamentos mais eficazes para o problema, que atinge de 1% a 2% da população mundial com mais de 65 anos.

BASE DOS ESTUDOS
Os autores usaram como base trabalhos anteriores que encontraram grandes quantidades de alfa-sinucleína em cérebros autopsiados de pessoas que tiveram Parkinson. Também escolhido como referência, um estudo feito por cientistas da Universidade de Goethe, na Alemanha, mostrou que a doença progride por meio de agregados dessa proteína. Eles acabam afetando estruturas cerebrais responsáveis pelo movimento e por funções básicas, como a memória e o raciocínio.

- Houve muito ceticismo no começo, mas, em seguida, outros laboratórios mostraram que a alfa-sinucleína pode se espalhar de célula a célula - declarou o norte-americano, Ted Dawson, principal autor do estudo.

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