Cidades terão que ampliar vacinação

Municípios com índice de imunização contra pólio abaixo de 50% foram notificados pelo Ministério Público Federal

Da Redação
Montes Claros
11/07/2018 às 08:16.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:20

Municípios com baixa vacinação contra a poliomielite foram notificados a tomar medidas que ampliem a proteção das crianças. Em 24 cidades mineiras, o índice de cobertura não chega a 50%, enquanto a meta estipulada pelo Ministério da Saúde é de 95%. Em todo o país são 312 localidades nessa condição, o que reforça o alerta contra a doença capaz de causar a paralisia infantil.

Conforme O NORTE publicou no último sábado, cinco municípios da região integram esta lista: Miravânia, Pirapora, Cristália, Santa Cruz de Salinas e Coração de Jesus. 

Essas cidades foram oficiadas pelo Ministério Público Federal (MPF) para que adotem as medidas necessárias a fim de garantir a adequada vacinação das crianças. Os prefeitos que descumprirem a solicitação poderão responder por improbidade administrativa. 

No ofício, a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, solicita que seja ampliado o horário de funcionamento das salas de vacina, a fim de assegurar a pais e responsáveis a possibilidade de atendimento fora do horário comercial. 

O MPF também pede que seja rigorosamente observado o Calendário Nacional de Vacinação, ainda que se tenha que aplicar mais de uma dose por vez – exceto se houver recomendação médica em contrário.

As 312 prefeituras terão de assegurar a implantação do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização e o treinamento adequado de servidores responsáveis pela utilização do sistema, para que as informações de cobertura vacinal cheguem regularmente ao ministério.

Devem ser adotadas ainda medidas para que profissionais da atenção básica – inclusive agentes comunitários de saúde – façam busca ativa de crianças de sua área de abrangência que não estejam com a caderneta de vacinação em dia. 

As escolas também deverão ser chamadas a contribuir com o cumprimento do calendário, sendo orientadas a verificar, no momento da matrícula, a caderneta de vacinação do aluno e a informar à família e às autoridades sanitárias casos de ausência de doses obrigatórias.
 
BAIXA PROTEÇÃO
O número baixo de imunização preocupa pediatras e infectologistas, já que o vírus causador da enfermidade circula em outros países. A pólio foi erradicada no Brasil em 1990.

Em Miravânia, por exemplo, nem 10% das crianças receberam a dose. Com isso, a região fica extremamente vulnerável à doença. Montes Claros tem índice bem maior, mas ainda abaixo da meta. 

Minas é o quinto Estado com o maior número de cidades com baixa cobertura vacinal contra a pólio.

O último caso de poliomielite no Estado aconteceu em 1987. Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) disse que várias ações têm sido adotadas para aumentar a cobertura vacinal. Dentre elas, a realização de videoconfe-rências e capacitações nas 28 regionais de saúde, repasses financeiros para estruturação de salas de vacina que já funcionam nos postos municipais e parcerias com escolas estaduais.

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