Atento aos sinais dos linfomas

Detecção precoce do câncer que afeta sistema de defesa do organismo pode salvar vidas

Flávia Ivo
Hoje em Dia - Belo Horizonte
21/08/2018 às 07:46.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:01

Tipo de câncer comum na meia-idade, especialmente entre 50 e 65 anos, o linfoma compromete o sistema responsável por proteger o organismo e combater infecções. No mês de agosto, a sociedade médica lembra a importância da prevenção e diagnóstico precoce da doença. Levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima mais de 10 mil novos casos no país em 2018.

A divisão dos linfomas é feita entre Hodgkin e não-Hodgkin, dependendo da forma como os gânglios – presentes em pescoço, axilas e virilha – ou células linfáticas irão reagir. Vale ressaltar que outros órgãos também podem ser acometidos por linfoma, como baço ou fígado.

De acordo com o hematologista Guilherme Muzzi, como este é um câncer que atinge diretamente o sistema imunológico, quanto mais precoce for encontrada a doença, maior é a chance de cura. 

“É preciso estar atento a sinais como o crescimento desses gânglios, febre constante e fadiga sem explicação e a perda importante de peso. Adotar uma vida saudável, abandonando o tabagismo, praticando atividade física e tendo uma alimentação balanceada são formas de prevenção”, descreve o especialista.

ESPECIFICAÇÃO
A única maneira de diferenciar um linfoma do outro é por meio de biópsia. Dentro dos não-Hodgkin, por exemplo, estão vários subtipos, afirma o professor da UFMG André Murad.

“Há subclasses que acontecem em crianças e pessoas mais jovens, e outras em adultos mais velhos. Por biópsia, conseguimos inclusive saber o estágio do tumor”, explica o oncologista.

Os linfomas ocupam o 11º lugar no ranking do Inca e são cânceres amplamente curáveis, apontam os especialistas. A taxa pode chegar a 90% no caso de alguns subtipos de não-Hodgkin.

“O tratamento é feito basicamente com quimio e radioterapia e outra modalidade, mais nova, que é a imunoterapia. Em casos que isso não funciona, podemos lançar mão do transplante de medula óssea”, destaca o hematologista Guilherme Muzzi.
 
PRECISÃO
As tecnologias disponíveis atualmente, que permitem o reconhecimento mais preciso do tumor, auxiliam enormemente os médicos, expõe o oncologista André Murad.

“Hoje, o tratamento é feito de forma personalizada, uma oncologia de precisão. Há exames e também terapia genética. Ainda, é possível retirar o linfoma e estudar a célula para selecionar as drogas necessárias”, esclarece o médico.

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