Novembro Roxo: Hospital das Clínicas promove debate para discutir os riscos da prematuridade

Leonardo Queiroz
O NORTE
01/12/2020 às 08:58.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:11
 (Funorte/divulgação)

(Funorte/divulgação)

O nascimento de bebês antes do tempo previsto, chamado de prematuridade, é uma das principais causas de óbito infantil no país. São considerados prematuros, ou pré-termo, aqueles que nascem com menos de 37 semanas de gestação (36 semanas e 6 dias). No Brasil, nascem cerca de 3 milhões de bebês por ano e o parto de prematuros corresponde a 11,4% para cada mil nascidos vivos, de acordo com dados do Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e do Ministério da Saúde.

À medida que essas crianças crescem, elas têm maior risco para problemas de aprendizagem e comportamentais, paralisia cerebral, deficiências sensoriais e motoras, infecções respiratórias crônicas, doenças cardiovasculares e diabetes, em comparação com bebês nascidos a termo. Apesar do elevado número de nascimentos prematuros e dos riscos neles envolvidos, a maioria da população não está ciente de que muitas vezes é possível prevenir o parto prematuro e suas consequências para a saúde do bebê.

Em novembro celebrou-se o Novembro Roxo, data Internacional de Sensibilização para a Prematuridade. Para ampliar o conhecimento sobre esse fenômeno, o Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira realizou o Webnário Internacional de Neonatologia. Com o tema “Assistência Ventilatória no Prematuro”, vários profissionais apresentaram sua experiência no assunto.

“A iniciativa do evento busca a integração de todas as políticas públicas de saúde, que envolvem e protegem o bebê, de forma a reduzir o índice, que ainda é alto no país”, ressalta a diretora do HCMR, Juliana Paulino, organizadora e mediadora do evento, ao lado da fisioterapeuta e coordenadora do setor de Fisioterapia Neonatal do HCMR, Ana Laura Leite.

Participaram do webnário a fisioterapeuta Silvana Alves Pereira, que atua em Natal (RN), abordando o tema “Oxigenoterapia no prematuro”; Guilherme Sant’Anna, médico neonatologista no Canadá, que falou sobre “Cpap no prematuro”; e Maurício Marcelo Costa, de Montes Claros, que trouxe o tema “Ventilação protetora pulmonar no prematuro”.
 
TERAPIA INTENSIVA
De acordo com Ana Laura Leite, a vida intrauterina e o desenvolvimento pulmonar acontecem no final da gestação. Quando o bebê nasce prematuro, o pulmão pode não estar totalmente desenvolvido e isso requer uma assistência especializada para auxiliar o recém-nascido neste momento.

“Com o advento da terapia intensiva neonatal, com equipamentos de alta tecnologia e uma equipe altamente capacitada, bebês que antes não eram viáveis hoje sobrevivem. Mas devido à imaturidade, estes bebês podem apresentar sequelas. E a nossa preocupação é não somente reduzir a taxa de mortalidade, mas reduzir as morbidades (sequelas)”.

Para Ana Laura, o envolvimento dos profissionais e acadêmicos no evento teve como proposta discutir sobre a assistência de excelência ao prematuro. “A expressividade de participação de profissionais e acadêmicos do Brasil inteiro no evento se deve à relevância do tema e à presença de palestrantes que são referências nacional e internacional na neonatologia”, diz Ana Laura. Cerca de 1.300 pessoas participaram durante a transmissão do webnário.

O evento está disponível no canal “Funorte Oficial” no Youtube.

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