O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou, na tarde desta terça-feira (31), que a Fundação Ezequiel Dias (Funed) vai dobrar a capacidade de realização de exames para diagnóstico da Covid-19, chegando a 400 testes já nesta quarta-feira (1). O gestor também declarou que Minas receberá cerca de 40 mil exames vindos do governo federal.
As declarações foram dadas pelo governador em entrevista à TV Globo Minas. Segundo ele, a Funed passará dos 200 exames por dia atuais para 400 já nesta quarta-feira (1).
O aumento na capacidade foi possível após a montagem de uma força-tarefa da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Zema afirmou que o número subirá para 1.800 testes pro dia em “dois ou três dias”, tão logo a equipe de reforço, que foi treinada, esteja totalmente alinhada.
Além disso, Zema disse que convocou “laboratórios privados para que eles também passem a fazer esses exames”.
PRIMEIRO LOTE
Outra informação dada pelo governador é sobre a chegada de exames vindos do exterior e comprados pelo Ministério da Saúde. Conforme Zema, dos 500 mil exames que desembarcaram no Brasil nesta terça-feira, aproximadamente 40 mil virão para Minas Gerais.
É o primeiro lote de um total de 5 milhões de testes que ainda serão trazidos para o país. Os exames serão distribuídos aos estados, de acordo com suas necessidades, pelo governo federal.
“Este é um exame que está em falta. Você consegue encontrá-lo no mercado, mas por um valor extremamente elevado. Neste momento, nós estamos tomando todas as medidas que estão ao nosso alcance para sanarmos esse problema, que nós sabemos é seríssimo. As pessoas precisam saber se estão ou não contaminadas para ver o que é melhor fazer”, disse.
MINAS ‘MENOS PIOR’
A distribuição de exames pelo governo federal seguirá, segundo Zema, critérios de necessidade. Ele relembrou que outras unidades da federação têm situação pior do que a de Minas quanto ao combate ao coronavírus e, portanto, receberão os itens com prioridade.
O governador citou os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, além do Distrito Federal, ao dizer que são locais que têm muito mais casos suspeitos e pessoas contaminadas do que Minas.
“Eu posso dizer que a nossa situação, proporcionalmente a outros estados, é, de certa maneira, até ‘menos pior’. Nós não estamos em situação de falar ‘melhor’, mas menos pior. Nós tomamos medidas preventivas, com antecedência, e os casos em Minas estão avançando numa velocidade muito menor do que avançaram em outras regiões do Brasil. E isso se deve muito a esse trabalho, que iniciou aqui mais cedo”, afirmou.