Minas negocia compra da vacina russa Sputnik

Estado pediu autorização da Anvisa para importação do imunizante

Da Redação*
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26/06/2021 às 00:12.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:16
 (Fábio Marchetto/SES-MG)

(Fábio Marchetto/SES-MG)

Minas Gerais pode usar a vacina Sputnik para acelerar a imunização de moradores contra a Covid-19. O governo do Estado pediu autorização da Anvisa para importação excepcional de doses da vacina russa.

O Estado está em negociação comercial avançada com o Fundo Soberano Russo para a compra dos imunizantes. O objetivo do governo estadual é garantir a vacinação dos mineiros o mais rápido possível.

“Encaminhamos à Anvisa o pedido de autorização para a importação extraordinária da vacina russa, a Sputnik. Caso esta autorização seja emitida, o governo de Minas já está negociando com o Fundo Soberano Russo, em estágio avançado, a aquisição de doses que vão possibilitar a imunização muito mais rápida de toda a população do Estado. Seguimos trabalhando de forma incansável, com todas as possibilidades que existem no mundo para que o mineiro seja imunizado o quanto antes, estamos fazendo tudo o que é possível”, afirmou o governador Romeu Zema.

A negociação leva em consideração diversos pontos, como prazo estabelecido para entrega. A expectativa é a de que, caso a Anvisa aprove a importação, sejam adquiridas inicialmente 200 mil doses do imunizante. O quantitativo é referente a 1% da população mineira, o máximo permitido pela agência reguladora. Mas a negociação do governo de Minas com o Fundo Soberano Russo segue avançada para a compra de mais doses.

Os ajustes finais para aquisição das vacinas foram debatidos em reunião emergencial na manhã desta sexta-feira (25) pelo governador Romeu Zema, por videoconferência, com os secretários de Estado de Saúde, médico Fábio Baccheretti; de Planejamento e Gestão, Luisa Barreto; Geral, Mateus Simões; e o advogado-geral do Estado, Sérgio Pessoa. 

Não é hora de escolher vacina, diz médico**
Com a chegada das vacinas da Janssen ao Brasil, a campanha de imunização passa a contar com quatro produtos contra a Covid-19 – além de CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer. Mesmo diante da variedade, a população não deve escolher qual tomar.

“Não dá para ficar escolhendo. Se ficar, o vírus pode te achar primeiro e te levar para o CTI e pode até morrer”, afirmou o infectologista Unaí Tupinambás, membro do Comitê de Enfrentamento à Pandemia de Belo Horizonte.

“Chegou sua vez de tomar, seja qual ela for, levante a manga da camisa e tome essa vacina, que vai te proteger de casos graves e, às vezes, de ter casos sintomáticos da Covid”, completou o médico.

De acordo com o especialista, todos os imunizantes disponibilizados pelo Ministério da Saúde foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e órgãos internacionais, mostrando que são seguros.

Segundo Unaí, os resultados da campanha de vacinação são ainda melhores que os testes feitos pelos fabricantes. “O desempenho de todas é ainda melhor do que nos estudos. Têm mostrado que reduziram drasticamente o número de casos graves e de óbitos”, garantiu.

Nessa quinta-feira (24), Minas recebeu 778 mil novas vacinas, entre elas 149.550 doses da Janssen, composto químico de administração única e que chega ao Estado pela primeira vez. Essas unidades vão contemplar pessoas com comorbidades e com deficiência permanente. A remessa também contou com unidades da Pfizer e CoronaVac.

*Com Agência Minas

**Marina Proton e Luiz Augusto Barros


 

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