Médicos de UTI temem colapso após virada do ano

Intensivistas pedem que população não se aglomere

Da Redação
Hoje em Dia - Belo Horizonte
24/12/2020 às 00:57.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:23
 (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/Hoje em Dia)

Médicos que atuam na linha de frente do combate à Covid-19 estão preocupados com o avanço de casos e internações de pacientes a partir das aglomerações que possam se formar neste fim de ano.

Uma carta divulgada pela Sociedade Mineira de Terapia Intensiva na segunda-feira (21) faz um apelo à população e ao poder público, alertando que há elevação de leitos de UTIs ocupados na capital mineira e em cidades d o interior de Minas. O comunicado ainda prevê um aumento adicional da ocupação em janeiro.

No documento, uma nota de esclarecimento sobre a pandemia da Covid-19, o grupo avalia a situação de BH, que viu o percentual de ocupação de leitos subir de 31,8% em 16 de novembro, para 70,4% em 18 de dezembro, voltando ao nível de alerta máximo, aparecendo em vermelho nos indicadores de monitoramento.
 
PREVISÕES PREOCUPAM
A situação, de acordo com o médico intensivista e diretor Científico da Sociedade Mineira de Terapia Intensiva, Leandro Braz de Carvalho, pode ficar mais alarmante após as comemorações de fim de ano. Por isso, há previsão de que os números estejam ainda piores em janeiro. 

“Há uma preocupação de que isso possa aumentar. Este momento em que ocorre uma movimentação social maior, como houve em outros feriados, poderá refletir daqui a dez ou 15 dias. Queremos evitar o colapso, porque já estamos vendo dificuldade para internações. Estamos tentando aumentar o número de leitos, mas pode chegar a um momento em que haja restrição”, afirmou o médico.
 
TRANSMISSÃO ALTA
Um dos motivos de preocupação apontados pela carta é o aumento do número médio de transmissão por infectado (Rt), que está acima de 1,00 desde a primeira quinzena de novembro. De acordo com o último boletim epidemiológico, de sexta-feira (18), a taxa atinge 1,11, o que significa que cada 100 pessoas transmitem a doença para outras 111.

Por isso, o grupo pede que a população continue mantendo as medidas de proteção, como distanciamento social, uso de máscaras e limpeza das mãos e de superfícies, e solicita às autoridades públicas novas ações de restrições da mobilidade social. 

“Com a elevação dos indicadores, novas medidas deverão ser adotadas pelas autoridades, como o fechamento do comércio não essencial, restrição a festividades e aglomerações, estímulo ao trabalho a distância e atividades escolares não presenciais”, aconselha o comunicado.

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