Inflamação, hérnia de disco, dor de cabeça e até dificuldade de aprendizagem. Problemas comuns e que podem ser evitados a partir de mudanças simples, mas que sem a atenção devida não são colocadas em prática. A postura correta no dia a dia é uma aliada e tanto para manter a boa saúde do corpo e da mente.
Usar um apoio ao passar as roupas, dormir com o travesseiro entre as pernas e olhar sempre para frente ao caminhar são algumas das recomendações dos especialistas. Porém, elas esbarram em um obstáculo: o hábito. É que o cérebro, acostumado a movimentos inadequados, precisa ser reeducado em cada atividade, até entender qual é a prática certa.
A observação atenta das formas e curvas do próprio corpo é uma boa maneira de notar incorreções na postura. Especialista em fisioterapia esportiva e ortopédica, Magda Rocha explica que o autoconhecimento é essencial. “A má postura causa dor, e as pessoas só dão importância a isso em função da resposta a este incômodo. Mas o que elas não sabem é que o corpo não entende qual é a postura ideal. Ele cria padrões de comportamento”, ensina.
SINTOMAS
Segundo a profissional, atitudes como mexer no celular durante uma caminhada pode estimular a coluna vertebral a ficar em posições inadequadas.
Outros sintomas também devem ser analisados. “É preciso estar atento a dores de cabeça por estar pisando errado, distúrbios do sono, alterações no humor”.
Dados da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) apontam que, por ano, há mais de 2 milhões de ocorrências de hérnia de disco no país. A doença, um desgaste no tecido gelatinoso que fica entre as vértebras para evitar o contato direto entre os ossos, é caracterizada por dores recorrentes na região lombar.
Presidente da entidade, o ortopedista Edson Pudles explica que o excesso de peso e posições repetidas são os principais vilões. “Se os pais ou avós tiveram a enfermidade, os filhos também podem ter. Porém, forçar a coluna carregando peso incorretamente e a postura inadequada ao se sentar por muito tempo no trabalho, por exemplo, contribuem para o desenvolvimento dela”, afirma. Mas é possível prevenir (veja arte).