Doar sangue é seguro e necessário, mesmo durante a pandemia

Da Redação*
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15/06/2021 às 00:03.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:10
 (Lucas Prates/Jornal Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Jornal Hoje em Dia)

A Fundação Hemominas registrou uma queda média de 20% no comparecimento de doadores em todas as unidades de Minas desde o início da pandemia. A situação é preocuante, porque os estoques usados para pacientes hematológicos ou aqueles que estão nos hospitais na dependência de transfusões estão baixos.

No Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado nesta segunda-feira (14), o Ministério da Saúde lançou uma campanha com o lema “Doe Sangue Regularmente - com a Nossa União a Vida se Completa”. O objetivo é incentivar a população a doar sangue regularmente e incrementar o estoque de sangue no país, que teve uma redução de 10% desde o início da pandemia.

Em 2019, foram realizadas 3.271.824 coletas de sangue no país e, em 2020, o número caiu para 2.958.665. Segundo o ministério, a redução se deu em razão da diminuição na circulação de pessoas por conta da Covid-19. Apesar da redução, a pasta não registrou desabastecimento.

No entanto, durante a pandemia, o ministério teve que acionar o Plano Nacional de Contingência de Sangue que possibilitou o remanejamento de bolsas de sangue entre os estados conforme a demanda e oferta em cada local. Nove estados fizeram solicitações e foram atendidos: São Paulo, Minas Gerais, Piauí, Pernambuco, Sergipe, Amapá, Rondônia, Paraná e Santa Catarina.

Em média, a disponibilização do sangue para o destino final leva até oito horas, considerando a maior distância entre o Estado solicitante e o que doa.

Neste ano, até março, foram coletadas 734.247 bolsas de sangue no país. Durante o lançamento da campanha, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, lembrou que toda a manutenção do abastecimento dos hemocentros é possível graças à existência do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Vamos aproveitar essa oportunidade não só para reafirmar as ações de enfrentamento à pandemia, mas também a necessidade contínua de cumprir o preceito constitucional da saúde como direito fundamental”, afirmou o ministro.

Doação
Os especialistas alertam que não há risco em doar sangue e fazem um apelo para que as pessoas que estiverem saudáveis compareçam a qualquer unidade.

Para doar sangue, é preciso ter de 16 a 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos devem apresentar consentimento formal do responsável legal); pesar no mínimo 50 quilos e estar alimentado. No dia da coleta, o doador não deve ingerir alimentos gordurosos antes da doação, deve ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas e apresentar documento oficial de identificação com foto.

Uma única doação de sangue, de 450 mililitros, é suficiente para salvar a vida de até quatro pessoas. Além disso, essa quantidade é reposta no organismo em 24 horas.

A campanha deste ano também vai lançar mão do auxílio da tecnologia, por meio do Facebook. Basta acessar a página https://www.facebook.com/doações de sangue para se cadastrar como doador.

O ministro lembrou ainda que a doação voluntária de sangue, além de um ato de amor, é um compromisso com a vida. “Vamos nos unir para mantermos nos nossos bancos de sangue reservas suficientes para atender a população brasileira”, pediu o ministro.

*Com Agência Brasil

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