Menos de 24 horas após ser eleito governador de Minas, Romeu Zema (Novo) se reuniu com lideranças da legenda para começar a traçar a transição de governo.

Eleito com 71,8% dos votos válidos (6,9 milhões), Zema tem pela frente a gestão de um Estado com um rombo estimado de R$ 11,4 bilhões. Para colocar as contas em dia, afirma que será extremamente rigoroso, mesmo que tenha que aplicar medidas impopulares.

“A situação é pior do que a que foi mostrada. Queremos um levantamento, com ajuda do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG), para saber de todos os problemas do Estado. Algumas medidas serão impopulares. Não tem como não adotá-las”, enfatizou, logo após a vitória.

Para construir a administração, o partido Novo vai criar um conselho nacional de apoio ao governo de Romeu Zema e Paulo Brant. O objetivo é aumentar a assertividade das ações dos eleitos e reduzir o risco de falhas.

A afirmação foi feita pelo presidenciável João Amoêdo, um dos fundadores da legenda, em entrevista exclusiva ao Hoje em Dia.

“Estaremos muito dedicados e seremos muito ambiciosos nos planos para Minas. Vamos ajudar o Romeu a fazer o melhor governo possível aqui no Estado”, disse.

O conselho que ainda está em formação contará com profissionais de todo o país e de diversos ramos. A quantidade de pessoas que irão compor o grupo não foi detalhada.

Inicialmente, o comitê vai auxiliar o novo governador na escolha dos secretários. No entanto, é possível que a formação permaneça montada para ajudá-lo ao longo da gestão.

“Todas as decisões serão tomadas por Zema e pelo Brant. Nós só vamos auxiliá-los”, afirmou Amoêdo.

Ele destacou que o governo de Minas será vitrine para o restante do país nas próximas eleições. “Isso significa que a responsabilidade é muito grande”, ponderou.

“Minas Gerais é o segundo colégio eleitoral do Brasil e também é um reflexo do país. Temos que fazer, de fato, que aqui seja um trampolim para as próximas eleições”, enfatizou.
 
COMISSÃO
O partido Novo se reuniu ontem para definir a equipe que vai conduzir a transição do governo de Fernando Pimentel (PT) para Romeu Zema. Sabe-se, até o momento, que o vereador Matheus Simões (Novo) e o economista Gustavo Franco farão parte do grupo.

Sobre os secretários, é esperada a nomeação de empresários com atuação em Minas. Porém, Amoêdo não descarta a participação de políticos. “Será um processo meritocrático. Só vamos nomear pessoas preparadas”, afirmou.