Samuel Nunes
Repórter
Aconteceu na manhã de ontem, 25, a primeira reunião ordinária da Câmara municipal de Montes Claros depois do recesso parlamentar. A reunião foi marcada pela estréia da nova mesa diretora quem tem Valcir Soares (PTB), presidente, Athos Mameluque (PMDB), vice, e Ildeu Maia (PP) 1° secretário e pelo tradicional pinga-fogo entre os vereadores, onde cada um tem regimentalmente seis minutos para proferir os discursos.
Desta feita, os discursos foram incisivos por parte de alguns vereadores, tendo no conteúdo, críticas direcionadas ao poder público municipal chegando ao ponto de o vereador pastor Altemar (PSC), de forma irônica, ter afirmado que, como a atual administração tem, nos últimos meses, terceirizado alguns setores da gestão, como serviço de limpeza e aterro sanitário, que terceirize também o próprio prefeito.
O vereador Cláudio Rodrigues (PPS), que também tem se notabilizado como oposição à administração municipal, revela que os problemas na saúde do município, como a falta de médicos e remédios nas unidades de saúde, chegando a prefeitura decretar o fechamento de farmácias, como foi noticiado pelo O Norte na edição do último final de semana, é falta de capacidade gerencial por parte do executivo municipal.
A reportagem tentou contato com a assessoria de comunicação da prefeitura para comentar as críticas dos dois vereadores, mas até o fechamento desta edição não obteve êxito.
LIDERANÇAS
A reportagem conversou com algumas lideranças comunitárias presentes na primeira reunião dos vereadores em 2011 para saber quais suas expectativas em relação ao trabalhão da nova diretoria da Câmara. Virgilio de Barros, presidente da Orgamontes - Organização das Associações de Bairros, Vilas e Distritos de Montes Claros disse que a esperança é que o legislativo municipal neste ano possa mostrar mais trabalho e critica o fato de os parlamentares elencarem os problemas da cidade sem, entretanto propor solução.
- É preciso dar uma sacudida na Câmara, esperamos não somente discursos, mas, medidas efetivas em direção aos problemas emergenciais do município que já é de conhecimento de todos - desafia.
O presidente da Associação de Moradores e Amigos do bairro Santa Lúcia I, Gilson Lacerda Cruz, também diz esperar mais da Câmara neste ano. Ele chama atenção para o fato da Câmara não ser submissa ao poder executivo e sim, poder independente, e como tal pode cobrar por ações mais eficazes atender as necessidades vivenciadas pelas comunidades, principalmente as mais carentes.