Vereadores voltam a criticar situação caótica da saúde

Jornal O Norte
Publicado em 17/12/2009 às 10:29.Atualizado em 15/11/2021 às 07:20.

Samuel Nunes


Repórter



Os vereadores Raimundo do INSS, PDT, e João de Deus, PPS, afinaram o discurso em relação à situação da saúde em Montes Claros. O primeiro frisa que é preocupante a situação, tendo em vista a superlotação em hospitais, sendo um absurdo o médico que atende pelo SUS-Sistema único de saúde ganhar apenas R$ 3,00 por consulta.



Raimundo do INSS classifica este momento de penúria na saúde como caótico. De acordo com ele, a população, principalmente a mais carente, sofre em demasia com a falta de atendimento. O vereador Raimundo salienta ser fundamental que os deputados estaduais da bancada do norte e os federais votados na região disponibilizem por meio de emendas parlamentares recursos para a saúde no sentido de amenizar os problemas existentes, como, por exemplo, falta de médicos e medicamentos.



O vereador João de Deus, PPS, segue a mesma linha de raciocínio do parlamentar do PDT e revela que a situação nos hospitais se agrava a cada dia com a greve dos anestesistas, que parece não ter dia nem hora para acabar. O parlamentar, que trabalha há mais de 20 anos na área da saúde no município, afirma que a situação é complexa no que se refere às cirurgias eletivas que, com a greve, não têm prazo para serem realizadas.



- Os deputados poderiam se empenhar neste caso. Com a força e o prestígio que têm em Belo Horizonte na assembleia de Minas Gerais e em Brasília no congresso nacional poderiam, por exemplo, trabalhar pela valorização da tabela do SUS, que está por demais defasada. Penso que o povo não pode ficar ainda mais prejudicado, algo tem que ser feito e rápido.  



João de Deus afirma que a situação nos hospitais é preocupante, com várias pessoas voltando para as residências sem atendimento.



- É triste o momento, uma vez que várias pessoas têm me procurado no sentido de nós cobrarmos uma solução. Entendemos as dificuldades, mas, é relevante que medidas sejam tomadas de imediato, no sentido de deixar a população mais tranquila – ressalta.



O vereador afirma ser extremamente triste um pai de família se dirigir a uma unidade de saúde em busca de atendimento e não conseguir, por isso cobra das autoridades municipais, por exemplo, o secretário de Saúde, mais agilidade em resolver os problemas vivenciados pela população.



- O secretário tem que tomar uma posição, buscar o entendimento e solucionar logo, por exemplo, a situação dos anestesistas, que estão há mais de um mês em greve sem previsão para acabar. Com isso, quem sofre as consequências é a população mais carente, que fica a mercê de um atendimento de qualidade, à altura do que verdadeiramente merece. 



- Ao buscar o atendimento de suas necessidades médicas pelo estado, a população nada mais faz do que buscar um de seus mais importantes direitos assegurados pela constituição federal e pelas leis vigentes, o direito à saúde. Muitas pessoas têm procurado os postos de saúde do município em busca de atendimento e não têm conseguido. É válido lembrar que a grande maioria não tem condições de pagar uma consulta particular, por isso se dirige ao posto de saúde. Mas, infelizmente, o atendimento está deficitário, finalizou o vereador.

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