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Quarta-Feira,17 de Setembro

Vereadores denunciam caça às bruxas na prefeitura

Jornal O Norte
Publicado em 05/11/2008 às 09:28.Atualizado em 15/11/2021 às 07:49.

Eduardo Brasil


Repórter



A maioria dos vereadores de Montes Claros usou a tribuna da câmara municipal, na reunião desta terça-feira 4, para tecer aguçadas críticas à administração Athos Avelino – PPS, com especial enfoque para o processo de demissões que estaria em curso na prefeitura, tendo como alvo servidores contratados e que nas eleições passadas teriam votado no candidato Tadeu Leite – PMDB, que venceu a disputa.



- O que está acontecendo é uma verdadeira caça às bruxas. Servidores que votaram em Tadeu Leite estão sendo vítimas de uma demissão que, segundo fontes da prefeitura, atenderia à ordem política. O que é isso, ordem política? Isso é retaliação política, isso sim, um atentado à democracia, ao direito do cidadão de fazer valer a sua opção nas urnas – sublinhou Fátima Pereira – PSDB, destacando a exoneração de uma veterana servidora capacitada que trabalhava na prefeitura desde a gestão de Mário Ribeiro porque simplesmente se negou a votar no candidato Athos Avelino.



TRAÍRAS



Para Sebastião Pimenta estão querendo jogar a culpa pela derrota nas urnas deste ano nas costas dos servidores, denominados no episódio como traíras, enquanto a responsabilidade pelo fracasso eleitoral seria da própria administração.



- Ninguém é traíra, como eles dizem, para justificar as demissões. Isso é um absurdo. É perseguição política. A culpa é da própria administração, que não foi capaz de convencer o povo, com trabalho, de que era a melhor opção nas urnas. A culpa é da sua própria incompetência – frisou o parlamentar.



- Assistimos a um processo de demissões, ou a uma verdadeira caça às bruxas, sim, e que está sendo orquestrado pela secretaria de Governança Solidária. Eles querem jogar a culpa em alguém pela vergonha de não terem sido reeleitos – completa Lipa Xavier – PCdoB, aludindo à secretária Márcia Saraiva, tida por ele como elemento do núcleo duro que habita a prefeitura.



- Das 30 cidades que tiveram o segundo turno, somente em Montes Claros os detentores do poder, por incompetência, não conseguiram se reeleger. É natural que agora culpem servidores que apenas usaram democraticamente o seu direito de votarem livremente.



SEM DEFESA



Em meio ao tiroteio de críticas, mais veementes, inclusive, por parte de parlamentares que até poucos dias integravam a bancada da situação, de apoio ao prefeito, como mencionou Guila Ramos – PV, nenhum vereador subiu à tribuna para defender a administração: nem o seu porta-voz, Aurindo Ribeiro – PPS, tampouco Antônio Silveira – PTN, líder da bancada governista no legislativo de Montes Claros.



Nem mesmo assessores da gestão municipal, procurados pela reportagem, comentaram sobre o assunto, sob o argumento de que não teriam acompanhado a sessão ordinária da câmara municipal.

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