Vereadora acusa ciranda da morte na saúde de Moc

Jornal O Norte
Publicado em 28/08/2007 às 16:12.Atualizado em 15/11/2021 às 08:14.

Não foi somente o vereador Athos Mameluque – PMDB que usou a tribuna da câmara municipal, ontem, para criticar o prefeito Athos Avelino – PPS. A vereadora Fátima Pereira (sem partido), também usou o seu tempo para acusar o executivo de negligente e desrespeitoso.



- O prefeito, mais uma vez, demonstrou seu descaso, sua negligência e seu desrespeito com o legislativo e com o povo de Montes Claros ao não participar de uma reunião importante, para a qual foi convidado, e de proibir que seus assessores participassem dela – disse, aludindo à ausência de representantes da administração municipal na audiência pública realizada pela câmara municipal na noite de segunda-feira, para debater graves problemas no setor de urgência e emergência nos hospitais da cidade.






Vereadora atribui caos nos hospitais à falta de gerência


do setor de saúde pública
(foto: arquivo/ Wilson Medeiros)



- O prefeito e seus asseclas sempre fogem dos debates importantes. Eles se negam a encontrar soluções para um problema que atinge milhares de pessoas, enquanto nos hospitais as cenas de um Vietnã em guerra se repetem, com as pessoas sem atendimento pelos corredores, muitas vezes nem retornando para suas casas. Eles inviabilizaram a audiência pública e nos impediram até mesmo de redigirmos um documento reunindo as soluções para o caos.



RESPONSABILIDADE



Segundo Fátima Pereira, o prefeito não participou da audiência pública e nem deixou que a secretária de Saúde, Jussara Melo participasse, justificando sua ausência a uma viagem de última hora, porque os podres cairiam sobre a sua administração.



Para ela, o caos no setor de urgência e emergência nos hospitais tem um responsável: a prefeitura de Montes Claros.



- Por conta da péssima gerência plena de saúde, com secretários de Saúde sendo fritados e demitidos a cada sete meses, os postos de saúde, pontos do PSF não oferecem atendimento médico primário. O povo corre, então, desesperado, para os hospitais, e lá não consegue atendimento – diz a parlamentar, isentando os médicos da responsabilidade pelo caos instalado.



- Eles fazem o que podem e enfrentam até risco de serem processados, acusados de omissão de socorro, o que independe deles.



CIRANDA DA MORTE



Os médicos, segundo Fátima Pereira, estariam sendo colocados em meio a uma ciranda da morte, onde se escolhe quem sobreviverá e quem morrerá por conta da negligência e do descaso do prefeito.



- Um prefeito que, lembremos-nos, é um médico, e que está à frente de uma administração que recebe, do governo, todos os meses, oito milhões de reais para cuidar da saúde do povo e não cuida. Que péssimo exemplo ele nos dá – conclui Fátima Pereira. (EB)

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