Vereador pede que prefeito tenha piedade do povo

Jornal O Norte
Publicado em 25/09/2008 às 10:06.Atualizado em 15/11/2021 às 07:44.

Eduardo Brasil


Repórter



O vereador Rosemberg Medeiros – DEM reiterou apelos ao prefeito Athos Avelino – PPS para que a administração municipal elabore uma forma de pagamento que permita aos inadimplentes com o IPTU – Imposto predial territorial urbano quitarem a dívida atrasada. Para ele, o executivo deveria abolir os atos de puro terrorismo com os quais estaria cobrando o tributo, levando centenas de famílias ao desespero.






Rosemberg defende o pagamento do IPTU, desde que


o povo possa pagar
(foto: ARQUIVO XU MEDEIROS)



Segundo o vereador, o prefeito teria optado por não iniciar nenhum tipo de acordo com os devedores do tributo, preferindo acionar uma cobrança sem precedentes, enviando à casa dos cidadãos oficiais de justiça com o propósito de penhorar seus bens até que a dívida seja paga.



- O prefeito não tem tido piedade do povo – acusa o vereador.



Segundo ele, nos últimos três anos e nove meses, o povo sofreu com a sua administração. E que agora, no apagar das luzes de seu governo, com o seu terrorismo na cobrança do IPTU, Athos Avelino estaria se despedindo do povo deixando a sua marca indelével de administrador impiedoso.



- Doutor Athos, tenha piedade do povo de Montes Claros. Renegocie a dívida – disse o parlamentar, durante discurso da tribuna da câmara municipal.



SEM MORAL



De acordo com Rosemberg Medeiros, os atos terroristas do prefeito de Montes Claros atingiriam, hoje, milhares de famílias que não saberiam e tampouco teriam condições financeiras de pagar o IPTU atrasado nas condições impostas pela administração municipal.



- É a lei do ou dá ou desce. São mais de 12 mil ações ajuizadas contra o povo. Os oficiais de justiça, por ordem do executivo, são da mesma forma impiedosos, ameaçando tomar sua geladeira, escassa de alimentos, o seu fusquinha com o qual ele ainda consegue levar os filhos à escola, ganhar um dinheirinho fazendo bicos. Querem levar tudo, o fogão do povo, o seu liquidificador, sua cama. Isso é um absurdo – ressalta Rosemberg Medeiros.



Ele entende que a administração municipal não teria a idoneidade necessária para realizar uma cobrança implacável ao povo como a que cerca o IPTU, a partir do momento em que ela não realiza as obras que o pagamento do imposto deveria proporcionar.



- Ela não tem essa moral. E, depois, que o povo ganha pagando o IPT? Ruas esburacadas, lotes transformados em lixões, poeira e lama. Enquanto isso, quem ganha? Claro, a administração municipal e, principalmente, os advogados. Os advogados podem ficar milionários com o terrorismo do executivo, considerando que eles recebem 20% dos custos de cada ação. E são mais de doze mil ações – encerra Rosemberg Medeiros.

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