Vereador diz que prefeito eleito está temeroso de assumir o município

Jornal O Norte
Publicado em 10/12/2008 às 10:38.Atualizado em 15/11/2021 às 07:52.

Eduardo Brasil


Repórter



O vereador Athos Mameluque – PMDB reiterou da tribuna do legislativo, na reunião desta terça-feira 9, preocupação manifestada na semana passada pelo próprio prefeito eleito de Montes Claros, Tadeu Leite, em relação à situação com que a sua futura gestão receberá a cidade das mãos da atual administração –  no dia primeiro de janeiro de 2009.



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Athos Mameluque:


- Tadeu vai receber uma cidade esburacada,


abandonada e violenta



- Tadeu Leite está apavorado. Está apavorado com a herança que receberá de Athos Avelino: uma cidade esburacada, abandonada, violenta – ressaltou o parlamentar, acusando o governo municipal de ter paralisado suas atividades a partir dos resultados negativos das urnas de outubro – quando até mesmo a coleta de lixo deixou de ocorrer normalmente.



- Paralisação que ele já vinha ensaiando desde a extinção das secretarias municipais de Esportes e Lazer e de Segurança Pública, numa cidade que é a terceira mais violenta de Minas Gerais e que somente neste ano já registrou 84 assassinatos, o último, inclusive vitimando um amigo – completou, referindo-se ao assassinato de Sebastião Pereira, aliado político conhecido como Tião do Alterosa, cujo corpo foi encontrado nesta semana com 11 perfurações, o que caracterizaria uma execução.



- Uma cidade onde não se sabe, sobretudo, quem mata quem. O executivo não está nem um pingo preocupado com essa situação caótica, tanto que acaba de anunciar o fim do convênio com a Guarda Mirim, abandonando milhares de crianças e jovens que têm na instituição uma forma de fugir da marginalidade. Parece que para ele, quanto pior a cidade que deixará para seu sucessor, melhor – acrescentou, estranhando o mistério que envolveria a morte de Tião do Alterosa, ex-candidato a vereador nas eleições deste ano, já que os autores do crime até agora permaneceriam desconhecidos da polícia.



LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL



Nem mesmo o executivo municipal, segundo o vereador Athos Mameluque, escaparia de engrossar o rol delituoso, convencido de que Athos Avelino teria infringido a Lei de Responsabilidade Fiscal utilizando recursos públicos em obras que denominou de eleitoreiras e que teriam ganhado curso durante a campanha política.



- A manipulação de recursos públicos no período eleitoral, neste ano, sobretudo para o asfaltamento de ruas e avenidas, é um exemplo de que o prefeito agiu de má fé ao enganar a população com asfaltos mentirosos, que nunca foram realizados, sem esquecer que os que foram feitos terminaram por se revelar uma farsa – atacou, destacando o asfaltamento da Avenida Tito Versiani, no Bairro Major Prates, inaugurado durante o período eleitoral e que hoje já apresentaria problemas.



- O asfalto está desaparecendo, engolido pelos buracos. Os moradores da região estão decepcionados. Fui lá, pessoalmente, para conferir. É verdade. Tem buraco onde cabe até um carro – assegurou.



- O ministério público deveria conferir essa obra que a administração dizia ser espetacular. Espetacular é o prefeito escapar da punição da lei, enquanto seu delito é tão evidente – concluiu Athos Mameluque.

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